Da Redação – Thomas Douglas Homan, designado por Donald Trump como ‘czar das fronteiras’, disse que existe sim a possibilidade de deportar imigrantes que residam legalmente nos Estados Unidos.
Em entrevista concedida ao canal Fox Business Network, o chefe do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) pronunciou-se acerca da detenção de Mahmoud Khalil, destacado ativista pró-palestino que, embora resida legalmente no país, foi aprisionado por agentes do ICE. Khalil, um refugiado palestino criado na Síria, é atualmente estudante da Universidade de Columbia, em Nova York.
Todavia, viu-se privado de sua liberdade ao ser identificado pelo sindicato dos trabalhadores estudantis de Columbia como o “principal negociador” nas manifestações ocorridas na instituição. “Este é o primeiro de muitos arrestos que estão por vir. Temos conhecimento de que há outros estudantes em Columbia e em diversas universidades pelo país que participaram de atividades de cunho pró-terrorista, antissemita e antiamericano, e a administração Trump não o tolerará”, declarou o presidente Donald Trump em sua plataforma Truth Social.
Interpelado sobre o caso, Homan esclareceu que qualquer estrangeiro que transgrida determinadas condições está sujeito à deportação para sua nação de origem. “Evidentemente que podemos. Violou ele os termos de seu visto? Transgrediu as condições de sua residência ao cometer delitos, atacar estudantes israelenses, bloquear edifícios ou destruir propriedades? Sem dúvida, todo residente estrangeiro que perpetre um crime torna-se passível de deportação”, afirmou.
À semelhança do caso de Mahmoud Khalil, manifesta-se o intento de deportar estudantes universitários que participaram das protestos de âmbito nacional no último ano. Contudo, Amy Greer, advogada de Khalil, emitiu um comunicado à rede de notícias NBC News, no qual assegura que envidará todos os esforços para contestar a detenção de seu cliente. “Defenderemos com vigor os direitos de Mahmoud nos tribunais e persistiremos em nossos empenhos para reparar este erro terrível, injustificável e deliberadamente calculado contra ele”, declarou.
A controvérsia desse assunto reside na insistência de Homan de que é juridicamente viável deportar aqueles que o governo julgar necessário, ainda que possuam visto estrangeiro. “Enviaremos uma mensagem inequívoca a todos quantos aqui se encontrem com visto estrangeiro, gozando do elevado privilégio de ingressar no melhor país do mundo e estudar em nossas universidades: ao virem aqui para estudar, então observe as leis desta nação. É imperativo cumprir os requisitos desse visto para manter em situação de legalidade. Trata-se, pois, de uma distinção notável estudar neste país; mas, não use tal prerrogativa para violar nossas leis”, concluiu.