Da Redação – Jake Gardner,38, o proprietário de um bar em Nebraska que foi indiciado por matar um manifestante negro, foi encontrado morto na clinica que estava internado em Portland, Oregon, na tarde de domingo, aparentemente a causa da morte foi suicídio.
Um comunicado emitido pelo advogado Stu Dornan que representa a Jake, informou que “a família de Jake Gardner pediu a Tom Monaghan e a mim para compartilharmos a notícia de sua morte hoje, por sua própria mão“, disse Dornan.
Gardner foi indiciado pelo grande júri do condado de Douglas, Nebraska, na quarta-feira passada, sob acusações de homicídio culposo, uso de arma de fogo na prática de um crime, assassinato e ameaças terroristas.
As acusações resultam da morte a tiros em 30 de maio de James Scurlock, de 22 anos, num confronto que ocorreu do lado de fora do bar de Gardner em Omaha, durante protestos relacionados ao assassinato de George Floyd pela polícia.
O vídeo do incidente mostrou o pai de Gardner empurrando um manifestante depois de pedir-lhes que deixassem a área ao redor do bar de Gatsby. Um homem não identificado agrediu o pai de Gardner e nesse momento Gardner interveio, sacando uma arma e fazendo ameaças, de acordo com o procurador do condado de Douglas, Don Kleine.
O promotor também afirma que analisando o vídeo ele viu que dois manifestantes entraram em luta com Gardner e em em meio a confusão, ele disparou dois tiros de advertência. Scurlock, um jovem de 22 anos, que não participou do confronto inicial interveio na luta.
O promotor Don Kleine inicialmente se recusou a abrir acusações contra Gardner, dizendo que ele agiu em legítima defesa e não acreditava que fosse “alguém que saiu e estava tentando caçar alguém“. Mas, apenas alguns dias depois, Kleine pediu a um grande júri para revisar sua decisão.
Dornan descreveu seu cliente, Jake Gardner, como um veterano condecorado que serviu em duas viagens ao Iraque e sofreu duas lesões cerebrais traumáticas. O advogado disse que seu cliente cooperou com as autoridades na noite do crime.
“Ele nos disse que sentiu que estava na zona de guerra naquela noite fora de seu bar com violência, gás lacrimogêneo e confusão em massa“, explicou Dornan.
Dornan disse que “havia um grande risco para o Sr. Gardner” após o tiroteio, então ele deixou a cidade. Ele deveria retornar a Nebraska no domingo à noite para enfrentar as acusações.
Dornan disse que a acusação foi um choque para Gardner e chamou o tiroteio de “um caso claro de legítima defesa“.