A equipe de campanha de Donald Trump processou o New York Times por difamação na quarta-feira, 26. O motivo foi uma coluna de opinião publicada há quase um ano que mencionava um acordo entre o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o então candidato republicano durante a corrida pela vitória nas eleições presidenciais em 2016.
É a primeira vez que Trump ou sua equipe processam o grupo de imprensa, criticado regularmente pelo republicano desde o início de sua primeira campanha presidencial, em 2015. A organização “Donald J. Trump for President” reivindica indenização por danos em “milhões” de dólares, de acordo com o documento apresentado nesta quarta perante um tribunal do estado de New York.
Trump se queixa à justiça de uma coluna de opinião de Max Frankel, ex-diretor executivo do jornal entre 1986 e 1994, intitulado “O verdadeiro quid pro quo de Trump com a Rússia”, referindo-se à expressão em latim que significa contrapartida.
“Não havia necessidade de conluio eleitoral detalhado entre a equipe de campanha de Trump e a oligarquia de Vladimir Putin porque eles tinham um acordo global: a ajuda foi concedida na campanha contra Hillary Clinton pelo quo de uma nova política externa pró-Rússia”, escreveu o jornalista em sua coluna em 27 de março de 2019.
“Quando publicou esses comentários, o Times sabia muito bem que eles não eram verdadeiros”, escreveu a equipe de campanha em um documento assinado por seu advogado, Charles Harder, sem especificar que a coluna aparecia na seção de opinião do jornal. “Mas o Times publicou de qualquer maneira, sabendo que eles eram falsos e que enganariam seus próprios leitores”, acrescentou.
A decisão de publicar a coluna foi tomada “devido à extrema orientação do Times e sua animosidade contra a equipe de campanha de Trump”, mas também para “influenciar a eleição presidencial em novembro de 2020”, disse ainda. “A equipe de Trump foi à justiça para punir um colunista por ter uma opinião que eles consideram inaceitável”, respondeu uma porta-voz do New York Times em comunicado