FSP – A abertura do processo de impeachment contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), parece ganhar cada vez mais força.
Segundo reportagem do UOL, integrantes do primeiro escalão do governo já classificam a missão de impedir o afastamento temporário de Witzel como “quase impossível”.
Fatores como como falta de habilidade política e pouco diálogo com a Alerj pesaram para a situação chegar onde está. Vale lembrar que o processo de impeachment pode ser aberto com 36 votos. Depois disso, será formado um tribunal misto (com membros da Alerj e do Tribunal de Justiça) que decidirá pela saída definitiva, ou não, do governador.
Essa definição deve acontecer até o final de julho. Até o momento, segundo o UOL, entre 25 e 32 não devem mudar de posição e irão apoiar a deposição. Nessa cesta ideológica estão parlamentares bolsonaristas e do PSOL.
Mesmo que na sessão da última quarta 69 dos 70 políticos da Alerj se manifestaram pela abertura do processo, há um grupo considerado mais “flexível”, formado por 20 parlamentares, que ainda tem direito a nomeações de cargos. Estão nessa situação legendas como o DEM, PP, PL, Solidariedade e MDB.
As eleições municipais são também um empecilho para Witzel. Com parlamentares disputando prefeituras do Rio e com o processo contra o governador concluído antes do pleito, parece muito difícil que políticos que optem pela abertura do processo mudem de posição.