JSNEWS – As administrações republicanas do Arizona, Louisiana e Missouri pediram ao Tribunal Distrital da Louisiana que bloqueasse a decisão do governo do presidente Joe Biden de acabar com a política do Título 42, que permite a remoção rápida dos imigrantes que chegam à fronteira.
A ação tem uma lista de 150 razões pelas quais a Corte deve bloquear a decisão do presidente Biden o pedido também ressalta que a decisão do governo federal “viola processos administrativos”, além de considerar que tal cancelamento é “caprichoso e ilegal”.
Os autores também alegam que o programa iniciado pelo ex-presidente Donald Trump devido à pandemia COVID-19 é a “única” proteção, ainda esta vigente, capaz de deter o fluxo de imigrantes ilegais na fronteira sul.
“Este processo desafia uma calamidade iminente… a remoção abrupta da única válvula de segurança que impede que as políticas fronteiriças desastrosas deste Governo se transformem em caos e catástrofes absolutas”, dizem os promotores do Estado republicano. “Especificamente, esta ação desafia a revogação do Título 42 das medidas de execução de fronteiras do Governo Biden que, na ausência de ação judicial, deixara de vigorar em vigor em 23 de maio de 2022.”

A queixa republicana cita até os senadores democratas do Arizona Mark Kelly e Kirsten Sinema dizendo que o governo Biden terminará o programa “despreparado“, ou seja, sem um dispositivo legal capaz de “controlar o caos iminente na fronteira”.
Também são mencionados o senador Joe Manchin (Virgínia Ocidental), que teria descrito a decisão da administração Biden como uma “decisão assustadora”, assim como a senadora democrata Maggie Hassan (New Hampshire), que disse que o atual governo “não está pronto” para acabar com essa política.
“E essas são apenas as opiniões dos senadores do próprio partido do presidente Biden”, diz a petição judicial.
Os estado republicanos acrescentam que tais posições “parecem” ser compartilhadas por alguns altos funcionários da Administração Biden e cita a diretora de comunicações da Casa Branca, Kate Bedingfield, que admitiu em uma coletiva de imprensa a preocupação com “um maior fluxo” de imigrantes na fronteira.
A petição é assinada pelo procurador-geral do Arizona, Mark Brnovich; do Missouri, Eric Schmitt, e da Procuradora Geral da Louisiana Elizabeth Murrill.
O título 42 foi imposto em março de 2020 e, somente no ano fiscal de 2021, permitiu a expulsão de quase 1,5 milhão de imigrantes rapidamente, o que provocou críticas dos defensores em matéria de imigração, considerando que a oportunidade para estrangeiros solicitarem asilo é descartada.