EFE – O governo dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (13) que destinará mais US$ 64 milhões em ajuda humanitária para o Afeganistão, mas advertiu que o novo regime talibã tem travado operações de assistência e exigiu que essas missões possam continuar de forma segura.
O envio da ajuda humanitária, anunciado pela embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, na conferência internacional realizada nesta segunda-feira em solidariedade ao Afeganistão, será direcionado principalmente ao Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e à Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Os talibãs estão obstruindo e interferindo os envios de ajuda, proibindo o trabalho de profissionais mulheres e até mesmo tomando represálias contra pessoas que entregam ou recebem assistência”, advertiu a embaixadora.
De acordo com Thomas-Greenfield, esses atos “são inaceitáveis, desestabilizam o Afeganistão e a região e não podem continuar, pois os trabalhadores humanitários são o melhor das sociedades e precisam fazer seu trabalho vital de forma segura”.
Após a “recente transição” de governo no Afeganistão, nas palavras da diplomata, os talibãs precisam manter suas promessas de proteção não somente para os trabalhadores humanitários, mas também para mulheres e meninas.
Com a ajuda anunciada nesta segunda-feira, o total destinado pelos EUA à assistência humanitária no Afeganistão neste ano chega a US$ 330 milhões, destacou a embaixadora, que pediu que o resto da comunidade internacional também mostre solidariedade com a difícil situação do povo afegão.
A conferência internacional, organizada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, busca arrecadar US$ 606 milhões para financiar operações de assistência no país e ajudar 11 milhões de pessoas, quase um terço da população nacional.