AFP – O Pentágono anunciou nesta quinta-feira (13) que as bombas de fragmentação que os Estados Unidos prometeram à Ucrânia em apoio à sua ofensiva contra a Rússia já se encontram no país europeu.
O tenente Douglas Sims, diretor de operações do Estado-Maior Conjunto dos EUA, confirmou em entrevista coletiva por telefone que a munição chegou ao seu destino.
Os Estados Unidos anunciaram no dia 7 de julho o envio das bombas de fragmentação, apesar das críticas da Alemanha e de outros países e de organizações como a Human Rights Watch (HWR), preocupados com o impacto dessa arma na população civil.
Essas bombas foram incluídas em um novo pacote de ajuda militar de 800 milhões de dólares, que também conta com mísseis para defesa aérea, sistemas antiaéreos Stinger e munição para sistemas antiaéreos Patriot, entre outros.
Segundo disse na semana passada o subsecretário de Defesa para Política dos EUA, Colin Kahl, as bombas de fragmentação servem para garantir o abastecimento de artilharia em toda a coalizão que apoia Kiev.
Washington alegou na ocasião que as bombas de fragmentação enviadas para a Ucrânia têm uma taxa de falha inferior a 2,5%.
Esse dado se justifica em razão de a principal crítica ao uso desse tipo de arma ser o fato de que o projétil dispersa um grande número de submunições explosivas e muitas delas não explodem e acabam enterradas no solo, onde podem ferir civis gravemente após o fim de uma guerra.
A confirmação de que essas bombas já estão em território ucraniano chega um dia depois de a Otan encerrar sua cúpula em Vilnius.
A Otan não definiu um calendário específico para a integração da Ucrânia na Aliança Atlântica, mas o presidente dos EUA, Joe Biden, e os outros líderes do G7 assinaram uma declaração comprometendo-se a garantir a segurança da Ucrânia no longo prazo.
No âmbito desse encontro, em que Biden teve um encontro bilateral com o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, o americano afirmou que cogita autorizar o envio para a Ucrânia de mísseis de longo alcance Atacms, que cobrem uma distância de cerca de 300 quilômetros, superior à dos mísseis franceses SCALP e dos ingleses Storm Shadow.