Da Redação – Os Estados Unidos darão início nessa semana ao acolhimento do primeiro grupo de refugiados sul-africanos reconhecidos pela administração do presidente Trump como vítimas de perseguição racial. Essa iniciativa reflete um compromisso com a proteção de indivíduos que enfrentam discriminação injusta em razão de sua etnia.
“O programa de refugiados não foi concebido para resolver a pobreza global, mas para amparar aqueles que sofrem perseguições específicas. O presidente está restaurando o verdadeiro propósito desse programa”, declarou Stephen Miller, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, na sexta-feira,12. “O que ocorre na África do Sul é um exemplo claro de perseguição racial, exatamente o tipo de situação para o qual o programa de refugiados foi criado”, acrescentou Miller, principal responsável pela política de imigração do governo.
A medida responde a relatos de que cerca de 60 refugiados, alvos de discriminação sistemática, chegarão ao Aeroporto Internacional de Dulles nessa segunda-feira, em um voo fretado pelo Departamento de Estado, conforme informado pelo The Washington Post. Essas famílias, que serão reassentadas em dez estados americanos, buscam segurança e dignidade, escapando de um ambiente hostil em seu país de origem.
The United States will admit the first 54 White Afrikaner refugees fleeing South Africa as asylum seekers next week.
More than 67,042 White Afrikaners have expressed interest in seeking asylum so far.
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— AF Post (@AFpost) May 11, 2025
Em fevereiro, o presidente Trump assinou uma ordem executiva que suspendeu a ajuda à África do Sul e determinou a criação de um programa de reassentamento para esses sul-africanos, descritos como vítimas de discriminação racial injusta. A decisão foi motivada pela Lei de Expropriação sul-africana, promulgada pelo presidente Cyril Ramaphosa, que, segundo Trump e outros líderes americanos, facilita a apropriação ilegal de terras desses agricultoresviolando seus direitos humanos.
Embora o governo sul-africano negue as acusações, afirmando que não há evidências de perseguição racial e que estruturas internas podem resolver eventuais queixas, a realidade enfrentada por muitos cidadãos dessa etnia sugere o contrário. A insistência de Trump em oferecer refúgio a essas famílias demonstra uma postura humanitária firme. “Qualquer fazendeiro sul-africano, com sua família, que busque fugir por razões de segurança, será recebido nos Estados Unidos com um caminho rápido para a cidadania”, afirmou o presidente em março, reforçando seu compromisso com os perseguidos.
Apesar de críticas de alguns democratas, como o senador Chris Van Hollen, que questionaram a prioridade dada a esses refugiados, a ação de Trump é um passo corajoso para proteger um grupo vulnerável, oferecendo-lhes uma nova oportunidade em um país que valoriza a justiça e a igualdade.