JSNEWS – O governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, iniciou na ultima quinta-feira, 21 de agosto de 2025 uma revisão massiva de mais de 55 milhões de vistos válidos concedidos a estrangeiros, incluindo brasileiros. A medida, conduzida pelo Departamento de Estado, visa identificar violações das regras de imigração que possam justificar a revogação de vistos e a deportação de indivíduos em solo americano. A operação abrange todos os tipos de vistos, como os de turismo, estudo e trabalho, e reflete a política de linha dura do governo Trump no controle de fronteiras.
Segundo informações do Departamento de Estado, a revisão busca detectar infrações como permanência além do prazo autorizado, envolvimento em atividades criminosas, ameaças à segurança pública ou comportamentos considerados “antiamericanos”. Para isso, estão sendo analisados registros policiais, históricos de imigração, informações dos países de origem e até postagens em redes sociais. Em 2025, o número de revogações de vistos dobrou em relação ao ano anterior, com destaque para mais de 6.000 vistos estudantis cancelados, muitos por infrações como dirigir sob efeito de álcool ou suposto apoio a organizações terroristas.
A operação também introduz novas exigências para emissão de vistos, como entrevistas presenciais obrigatórias e monitoramento rigoroso de redes sociais. A suspensão de vistos de trabalho para motoristas de caminhão comercial, anunciada pelo secretário de Estado Marco Rubio, é outro reflexo das medidas restritivas. Além disso, o governo ampliou a infraestrutura para deportações, com novas instalações de detenção e o recrutamento de voluntários civis do Pentágono para apoiar a execução das ordens.
A revisão gerou preocupação em comunidades de imigrantes, especialmente entre estudantes, alvos frequentes devido a protestos, como os contra a guerra em Gaza. Advogados de imigração recomendam que estrangeiros com vistos válidos busquem orientação jurídica imediata caso recebam notificações. O processo, embora minucioso, pode ser demorado devido ao volume de dados analisados. A medida reforça a agenda de segurança nacional de Trump, mas levanta debates sobre seus impactos em relações internacionais e na vida de milhões de estrangeiros, incluindo brasileiros, que vivem ou planejam visitar os EUA.