JSNEWS – Desde janeiro de 2025, o governo dos Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, revogou mais de 6 mil vistos de estudantes internacionais, intensificando sua política imigratória. Segundo o Departamento de Estado, as revogações, anunciadas em 18 de agosto, foram motivadas por violações legais, como permanência após o vencimento do visto, crimes como agressão, furto e dirigir sob influência de álcool, além de 200 a 300 casos associados a “apoio ao terrorismo”.
A medida, parte do programa “America First”, foca especialmente em estudantes envolvidos em protestos pró-Palestina em universidades, acusados de antissemitismo ou apoio a grupos terroristas, alegações refutadas por ativistas pró Hamas.
Cerca de 4 mil revogações estão ligadas a infrações criminais, enquanto outras carecem de justificativas claras, gerando confusão em universidades como Harvard, Stanford e Columbia. Estudantes relatam detenções abruptas e ordens de deportação, muitas vezes sem explicações detalhadas.
Um caso emblemático envolve Rumeysa Ozturk, doutoranda da Tufts University, em Boston, detida por agentes federais em março e liberada em maio por ordem judicial. A política inclui maior rigor na triagem de redes sociais, com posts pró-Palestina ou críticos a Israel sendo usados como base para revogações.
Críticos, como a Associação Americana de Advogados de Imigração, denunciam a medida como repressão política, alertando para impactos na liberdade acadêmica e na economia, já que estudantes internacionais contribuem com cerca de US$ 44 bilhões anuais. Universidades temem queda na atratividade para talentos globais. O Departamento de Estado defende as ações como essenciais para a segurança nacional, enquanto ações judiciais buscam reverter as revocações, com alguns estudantes obtendo ordens temporárias para permanecer no país.