Por: Alex Colombini – Essa semana essa música “evangelho de Fariseu” deu muito o que falar e aqui vai uma pequena reflexão minha sobre ela..
A canção “Evangelho de Fariseu” ecoa como um chamado à reflexão sobre questões profundas que permeiam nossa sociedade, em especial, os crimes infantis e o papel dos líderes religiosos, em particular, dos pastores evangélicos. Com sua melodia penetrante e letras incisivas, a música confronta a hipocrisia e a negligência que muitas vezes são encobertas sob o véu da religiosidade.
Nos versos da música, somos confrontados com a realidade cruel de crianças sendo vítimas de abusos, manipulações e traumas, muitas vezes perpetrados por figuras de autoridade que deveriam representar segurança e proteção. A referência ao “Evangelho de Fariseu” denota a duplicidade de comportamento, onde os que proclamam a palavra de Deus são os mesmos que se desviam dela em suas ações mais íntimas e obscuras.
A mensagem é clara: não podemos nos contentar com discursos vazios e aparências piedosas. A fé verdadeira se manifesta em ações concretas de amor, cuidado e justiça para com os mais vulneráveis, especialmente as crianças. Os pastores evangélicos, como líderes espirituais e comunitários, têm um papel crucial a desempenhar nesse cenário.
Em vez de se envolverem em escândalos e encobrimentos, os pastores evangélicos têm o dever moral e ético de proteger e cuidar das crianças em suas congregações e comunidades. Isso inclui a implementação de políticas de proteção infantil, o apoio às vítimas de abuso e a responsabilização daqueles que cometem tais atrocidades, mesmo que sejam membros influentes da igreja.
Além disso, os pastores evangélicos têm o poder de usar suas plataformas e influência para educar suas comunidades sobre a prevenção do abuso infantil, promovendo uma cultura de transparência, responsabilidade e apoio mútuo. Eles podem ser faróis de luz em meio à escuridão, guiando suas ovelhas não apenas espiritualmente, mas também na proteção dos mais vulneráveis.
No entanto, a música também nos lembra que a responsabilidade não recai apenas sobre os líderes religiosos, mas sobre toda a comunidade de fé. Todos nós temos o dever de ser vigilantes, de denunciar o mal e de garantir que nossas igrejas sejam espaços seguros e acolhedores para todas as crianças.
“Evangelho de Fariseu” não é apenas uma canção; é um chamado à ação. É um lembrete de que a verdadeira religiosidade não está nos rituais ou nas palavras bonitas, mas na maneira como tratamos os mais frágeis entre nós. Que possamos ouvir esse chamado, confrontar as injustiças e trabalhar juntos para criar um mundo onde todas as crianças possam crescer e florescer em segurança e amor.