Por: José Soares Leite – O amor é um atributo natural e moral de Deus. A Bíblia diz que “o amor procede de Deus; porque Deus é amor” (1 Jo 4.7-8,16). Esse amor intrínseco do Deus único e incriado (Elohim) é nato e desfrutável entre as três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, no eterno passado do seu mundo inacessível (Tt 1.2).
Antes mesmo de a eternidade existir (Is 9.6) e do princípio da criação de todas as demais coisas feitas por Deus (Gn 1.1; Jó 38.4; Pv 8.22-31; Jo 1.1-3; Jo 17.4-5), a partir da revelação feita por Deus no livro do Gênesis (Gn 1.2 a Gn 2.3), vemos que, no ato da criação do mundo, “o amor de Cristo, como a segunda pessoa da Trindade, ao formar o homem (Gn 1.26), excede todo o entendimento” (Ef 3.19), ao afirmar: “E viu Deus que era muito bom” (Gn 1.31). E não somente isto, mas por Ele, naquele momento tão sublime, estar “folgando no seu mundo habitável e achando delícias com os filhos do homem” (Pv 8.31).
Diante de tudo isto que Deus fez, como se essa expressão do seu infinito amor não fosse suficiente, Deus nos surpreende ainda mais. Ele faz isso numa demonstração inconcebível do seu amor pelos homens.
No entanto, o projeto de Deus, inicialmente, era habitar com os homens aqui na Terra (Gn 2.8). Porém, a transgressão do homem proveu a separação entre ele e Deus, ficando sob a condição da condenação eterna (Rm 3.23). Deus, novamente, manifestou seu grande amor pelos homens ao dar seu unigênito Filho, Jesus Cristo, ao mundo, para que o homem não perecesse (Jo 3.16; Tt 3.4- 7; 1 Jo 4.9-10).
Por seu grande amor, Jesus Cristo também, por sua vez, se ofereceu a si mesmo como sacrifício vivo para morrer em resgate do homem (Is 53.3-8). Ele se fez maldito por causa de nossos pecados (Gl 3.13). Comparando a insignificância do homem — “Quem é o homem para que Deus se lembre dele?” (Hb 2.6) — com o incomparável esplendor da glória que Jesus Cristo possui, podemos ver que Ele é antes de todas as coisas, que foram criadas por Ele (Cl 1.15-17).
Entretanto, pelo seu incomparável amor com que nos amou, Ele, sendo Deus, se humilhou e se esvaziou a si mesmo, tomando a forma de homem para nos salvar (Lc 2.11; Jo 1.14; Fp 2.6-8). Ah! Se não fosse o amor de Deus, como poderia o homem ser justificado? A Bíblia diz em Romanos 5.8: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”
Assim, Deus, através do seu infinito amor, por meio de sua maravilhosa graça, através de Jesus Cristo, proveu o escape para salvar o homem de sua eterna condenação (Ef 2.4-5; 7-8). Ninguém tem maior amor do que Jesus pelo pecador (Jo 15.13), que foi morto antes da fundação do mundo (1 Pe 1.18-20; Ap 13.8), porém manifesto na plenitude dos tempos, segundo a pré-ciência de Deus (Gl 4.4; 1 Pe 1.20).
Nisso, Deus prova seu infinito amor para conosco, justificando todos nós, perdidos pecadores, pelo precioso sangue de Jesus, para sermos por Ele salvos (Rm 5.8-9).
José Soares Leite é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston – visite o site: www.evangelhodagraca.com/