REUTERS – A norte-americana Shikila Calder, de 32 anos, até pensou em votar antecipadamente neste ano, mas decidiu guardar o voto –o primeiro de sua vida– para o dia da eleição, nesta terça-feira (3).
“Foi especial. Foi estimulante“, disse Calder, uma das potenciais milhares de pessoas com condenações no passado e que votam nas eleições gerais dos Estados Unidos pela primeira vez desde que seus direitos foram restaurados em um referendo em 2018.
De acordo com a lei estadual da Flórida, Calder não possuía o direito de votar por conta de uma condenação, após a qual ela cumpriu sua pena e pagou a dívida com a sociedade há uma década atrás, disse a eleitora após votar em um centro comunitário na cidade de St. Petersburg.
“Eu tenho minha voz de volta“, disse, sorrindo visivelmente apesar de sua máscara facial. “Fui recebida de volta na minha comunidade como uma pessoa, e não tenho esse rótulo de má pessoa colado em mim.”
Uma emenda à Constituição da Flórida foi aplicada para restaurar o direito ao voto para os cerca de 1,4 milhão de condenados estimados no crucial Estado, antes da eleição decisiva entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.
Mas bem menos ex-condenados estavam votando na terça-feira após o Senado estadual, liderado pelos republicanos, aprovar uma lei no ano passado exigindo que apenas os que pagaram todas as multas legais, taxas e restituições associadas com suas condenações poderiam se registrar para votar.