O Facebook anunciou na quinta-feira, 5, que removerá uma série de anúncios enganosos da campanha de reeleição do presidente Donald Trump. O comitê de campanha do republicano publicou 2.000 postagens pagas na segunda-feira, 2 e na terça- -feira, 3, pedindo aos usuários para respondem a um suposto “Censo Oficial do Distrito Congressional”.
Mas a finalidade era arrecadar fundos. Em vez de ser direcionado ao Departamento do Censo do país, o usuário se deparava com pesquisa de opinião no portal de arrecadação de doações do Partido Republicano, que também solicitava informações pessoais.
Por exemplo, ao fazer perguntas como “Você acha que Nancy Pelosi [líder da Câmara] e a Esquerda Radical estão colocando sua agenda pessoal anti- -Trump à frente do que é o melhor para o povo americano?”, o site solicita as informações de contato do usuário.
Segundo o jornal britânico The Guardian, a ação pode interferir no censo verdadeiro, que começa para a maioria dos americanos em março por meio de mala direta. A pesquisa acontece uma vez a cada década e tem impactos drásticos nas decisões do governo sobre a alocação de recursos.
A política declarada do Facebook sobre a desinformação acerca do censo americano proíbe “deturpação de datas, locais, horários e métodos de participação no censo”. Mas a plataforma só começou a remover as postagens enganosas na quinta-feira, após pressão da imprensa e de ativistas sociais. No ano passado, o Facebook anunciou que iria dobrar a fiscalização sobre desinformação no período das eleições americanas, que terminam em novembro.