JSNEWS – Uma avalanche de desinformação amplamente divulgada nas redes sociais sobre a capacidade do medicamento antiparasitário ivermectina em combater de modo eficaz a COVID-19 fez com que Food and Drug Administration (FDA), outros departamentos de saúde de diversos estado americanos e até mesmo a Merck, o principal fabricante do medicamento, emitissem alertas contra o uso da ivermectina como tratamento da COVID-19.

Na sexta-feira, 20, o Departamento de Saúde do Estado do Mississippi emitiu um alerta após receber varias ligações de pessoas relatando que desenvolveram reações alérgicas após fazerem a “ingestão de ivermectina adquirida em estabelecimentos que comercializam produtos veterinários.” De acordo com o alerta da FDA, 85% das pessoas que ligaram para o serviço de emergência disseram que estar “sentindo sintomas leves”.
Embora haja usos humanos para a droga, a Food and Drug Administration (FDA) não aprovou a ivermectina para tratar ou prevenir Covid-19 em humanos e a droga não é um medicamento antiviral.
“Drogas destinadas para uso veterinário são altamente concentradas para animais de grandes porte e podem ser altamente tóxicas em humanos. Alguns dos sintomas associados à toxicidade da ivermectina incluem erupção cutânea, náusea, vômito, dor abdominal, distúrbios neurológicos e hepatite potencialmente grave que requer hospitalização.”
A US Food & Drug Administration tuitou no sábado: “Vocês não são um cavalo. Vocês não são uma vaca. Sério, parem com isso.”
Em março, o FDA disse que as pessoas não deveriam usar ivermectina para tentar tratar ou prevenir a Covid-19. “Tomar grandes doses desta droga é perigoso e pode causar danos graves”, disse o FDA.
A ivermectina não é a primeira droga a ser apontada como a cura para COVID-19, hidroxicloroquina, um medicamento usado para tratamento da malária também foi amplamente promovida e até mesmo usada pelo Ex-presidente Trump e seu aliado, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.