Da redação – Samuel Camargo, de 26 anos, foi indiciado pelo FBI (polícia federal americana) após a invasão ao Capitólio, sede do congresso dos Estados Unidos. Ele é cidadão norte-americano, nascido em Boston, e é filho de pais brasileiros.
Camargo é apoiador do líder republicano, Donald Trump, e participou dos comícios em Washington e dos atos contra o Capitólio para “defender aquilo em que acredita”.
Os agentes chegaram até Samuel através de vídeos e fotos que ele postou em suas contas do Facebook e do Instagram. Nos registros, o norte-americano aparece entre os invasores que tomaram a entrada oeste do Capitólio, avançando contra policiais que tentavam conter a multidão.
Na noite da invasão, o suspeito postou uma mensagem no Facebook em que pede desculpas por ter participado da violência em Washington. “Para todos os meus amigos, família e o povo dos EUA, eu peço desculpas por minhas ações no Capitólio em DC. Eu me envolvi nos acontecimentos de hoje. Vou deixar todas as redes sociais pelo futuro próximo e vou cooperar com todas as investigações que puderem surgir do meu envolvimento. Peço desculpas a todas as pessoas que desapontei, porque não é isso que eu defendo”, escreveu.
De acordo com imprensa americana, Samuel não está arrependido do que fez. Uma pessoa próxima disse que ele ter publicado tudo nas redes sociais foi uma bobagem e que, ainda que ele seja preso, vai manter a ideia de que lutou por aquilo em que acreditava.
Michael Attard, agente especial do FBI, diz em sua denúncia que falou com Samuel por telefone. Segundo o oficial, o rapaz não se mostrou disposto a cooperar com as investigações, falou ao agente que não tinha informações a fornecer e ainda questionou sua lealdade à Constituição dos Estados Unidos.
Na sequência, Samuel fez uma nova publicação no Facebook. “Acabei de falar com um agente do FBI. Acredito que fui inocentado”, publicou ele, demonstrando uma percepção equivocada do próprio caso.
Com base no confronto de Samuel com a polícia do Capitólio, o departamento de investigação concluiu que o ele é suspeito de “cometer ou tentar cometer qualquer ato para obstruir, impedir ou interferir com qualquer bombeiro ou policial legalmente envolvido no desempenho legal de suas funções oficiais” provocando “incidentes” durante “uma desordem civil” que, de alguma forma, “obstrui, atrasa ou afeta adversamente comércio ou a movimentação de qualquer artigo ou mercadoria no comércio ou a conduta ou desempenho de qualquer função protegida pelo governo federal“, o que inclui “a Sessão Conjunta do Congresso” para “contagem de votos do Colégio Eleitoral“.
O relatório de Michael Attard, designado para um esquadrão de contraterrorismo e encarregado de investigar atividades criminosas dentro e ao redor do Capitólio em Washington no dia 6, foi assinado pelo juiz Zia M.

Faruqui na última sexta-feira, dia 15, e está disponível para consulta através do site do programa sobre extremismo da Universidade George Washinton.