Um porta-voz do jornal confirmou ao The Guardian que o FT desistiu de financiar a cerimônia, mas acrescentou que pretende “manter uma parceria com a Câmara de Comércio Brasil-EUA” em outros eventos.
Organizações de direitos LGBT têm protestado contra as companhias patrocinadoras do evento, alegando que o presidente brasileiro tem atitudes homofóbicas. Mas outros setores também reagiram, e o FT não é o primeiro a recuar. A companhia aérea americana Delta desistiu de apoiar o evento, sem agregar comentários.
A consultoria Bain & Company também fez adotou essa decisão. “Encorajar e celebrar a diversidade é um valor central para a Bain”, escreveu, em nota. O Museu de História Natural, local onde o evento se dá há anos, recusou-se a abrir seu Salão da Vida dos Oceanos para o jantar a Bolsonaro. A instituição recebeu queixas de visitantes, colaboradores e até de funcionários contra a possibilidade de sediar uma premiação ao presidente brasileiro.
Cientistas que trabalham no museu argumentaram que Bolsonaro contraria seus princípios e convicções sobre a preservação da floresta amazônica. O prefeito de New York, Bill de Blasio, agradeceu a instituição por sua decisão. “Bolsonaro é um homem perigoso.
Seu racismo evidente, sua homofobia e decisões destrutivas terão um impacto devastador no futuro do nosso planeta. Em nome de nossa cidade, obrigado Museu de New York por cancelar este evento”, escreveu Blasio no Twitter. Em seguida, um restaurante contatado pela Câmara como alternativa para sediar o jantar declinou ao negócio. O evento está marcado para o dia 14 de maio, em Manhattan, New York.