O senador Flávio Bolsonaro (PSL) informou, por meio de comunicado publicado em seu perfil no Facebook, que não iria comparecer ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) na quinta-feira, 10, ele era esperado para depor sobre movimentações atípicas identificadas em conta de seu ex-assessor Fabrício Queiroz pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividade Financeiras), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Flávio Bolsonaro (PSL) disse que, como não é investigado pela Promotoria, sua defesa solicitou os autos do processo para “tomar ciência dos fatos”, e se comprometeu a agendar uma outra data para o depoimento após ter acesso às investigações. “Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública”, afirmou o senador.
O senador foi convidado pelo MP no dia 21 de dezembro a depor na quinta-feira – na ocasião, a data fora informada pela Promotoria à imprensa. No entanto, Flávio disse hoje que só foi notificado da data do depoimento na última segunda-feira, 7.
Por prerrogativa parlamentar, Flávio optou por comparecer em outra data. Na última terça (8), a mulher e as duas filhas do Queiroz também não compareceram ao MP para prestar depoimento. Elas haviam sido intimadas para dar esclarecimentos sobre a movimentação de mais de R$ 1,2 milhão, em um período de 13 meses (entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017), na conta de Queiroz – na época, o ex-assessor recebia um salário de R$ 23 mil no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
O motivo da ausência, de acordo com o advogado Paulo Klein, foi uma cirurgia de retirada de um tumor à qual Queiroz foi submetido no dia 1º deste mês. “Os familiares precisam estar juntos nesse período, que marca o início da quimioterapia”, disse o defensor. Diagnosticado com câncer no intestino, Queiroz recebeu alta do hospital na última terça, segundo o Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo.
Em duas ocasiões, o ex-assessor faltou a depoimento no MP alegando questões de saúde. A defesa dele encaminhou laudos médicos à Promotoria no último dia 27 para justificar as ausências. A mulher e as duas fi lhas de Queiroz foram citadas no relatório do Coaf por terem depositado recursos na conta do ex-assessor.