EFE – O Congresso da Flórida, nos Estados Unidos, aprovou nesta quarta-feira, 1, uma lei que autoriza o porte de armas a professores. A proposta foi apresentada após um ex-aluno invadir uma escola em Parkland e matar 17 pessoas e ferir outras 15 no ano passado.
O projeto já tinha passado pelo Senado da Flórida e foi aprovado pela Câmara dos Representantes. Para entrar em vigor, a lei agora só precisa da sanção do governador do estado, Ron DeSantis.
O senador estadual republicano Manny Díaz diz que o episódio poderia ter sido evitado se os professores estivessem armados, declaração parecida à de Major Olímpio (PSL-SP) em relação ao massacre de Suzano. Na ocasião, o senador disse que, se qualquer funcionário estivesse armado, o tamanho da tragédia poderia ser minimizado.
Caso sancionado, o projeto da Florida vai autorizar que os docentes portem armas nas escolas, desde que passem por treinamento adequado, de mais de 100 horas, e por uma rígida avaliação psicológica.
O Partido Democrata e várias organizações civis, como sindicatos de professores e associações de pais de alunos, são contrários ao projeto, que praticamente transforma os professores em policiais.
DeSantis apresentou em fevereiro um plano de segurança baseado nas recomendações feitas por uma comissão formada após o massacre na escola em Parkland. A proposta já prevê a presença de agentes armados em todas as instituições de ensino do estado.
O massacre em Parkland foi a origem de uma lei sancionada em 2018, que aumentou a idade mínima para comprar armas no estado de 18 para 21 anos. Além disso, a legislação criou um período de espera de três dias para adquirir uma arma de longo alcance.
O autor do massacre, Nikolas Cruz, ex-aluno da escola em Parkland, ainda aguarda julgamento pelos 17 homicídios que cometeu em fevereiro do ano passado.