Da Redação – Pedro Possa, um dos advogados de Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018, disse que o financiador da defesa de Adélio agiu por “amor ao próximo” e de acordo com Possa, esse benfeitor pediu para ser mantido em anonimato.
“É uma pessoa ligada a ele [Adélio] religiosamente. Eu não sei a identidade dela. Só o doutor Zanone [Muriel, que está à frente da defesa do caso] que sabe, teve contato com ela. Mas não há mandante, um financiador, ninguém que tinha conhecimento prévio dessa ação perpetrada pelo Adélio. Somente ao saber da facada é que ele se dispôs a ajudá-lo, por uma questão de amor ao próximo, vamos assim dizer”, disse o advogado em entrevista ao Uol News, nesta sexta-feira (12).
Quanto ao anonimato, o advogado disse que a pessoa tem medo de sofrer represálias por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.
“Foi celebrado no contrato entre ambos, o doutor Zanone e essa pessoa, de que a identidade dela não seria revelada exatamente para poupá-la, tanto de sofrimento, ameaça, o que quer que seja”, disse Pedro Possa.
O caso da facada voltou à tona no início deste mês, quando a segunda seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, derrubou restrições que impediam a continuidade das investigações.
A disputa judicial está na autorização, dada em primeira instância, cassada por liminar em segunda instância e, agora, restabelecida pelos desembargadores em colegiado, da quebra do sigilo bancário de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, advogado de Adélio.
Sobre Adélio, o advogado afirmou que o autor da facada foi diagnosticado com transtorno mental delirante persistente e, desde setembro de 2018, está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.