Da Redação – Os casos de doenças pulmonares relacionados ao uso dos cigarros eletrônicos só aumenta a cada dia e, o pior, sem muita explicação. Agora, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) dos Estados Unidos afirma que são 530 prováveis casos de pessoas internadas devido aos “vaps” (cigarros eletrônicos ou e-cigarettes).
Citando casos confirmados e suspeitos de doenças pulmonares graves associadas a cigarros eletrônicos governador Charlie Baker (Republicano) decretou nessa terça-feira, 24, a proibição temporária do comercio de cigarros eletrônicos no estado de Massachusetts por quatro meses, a proibição atende aos pedidos das autoridades estaduais de saúde e permanecerá em vigor até 25 de janeiro de 2020. A proibição se aplica a todas as vendas online e de varejo para produtos e acessórios, incluindo tabaco e maconha. As autoridades locais de saúde estão encarregadas de impor a proibição de venda.
“O uso de cigarros eletrônicos e produtos ‘vaps’ de maconha está explodindo e estamos vendo relatos de doenças pulmonares graves, principalmente em nossos jovens”, disse Baker.
O anúncio vem na esteira de relatos de que o número de pessoas diagnosticadas com uma doença pulmonar relacionada ao uso de cigarros eletrônicos está aumentando em Massachusetts.
Na terça-feira, o Departamento de Saúde Pública informou que 61 casos de doença pulmonar inexplicável associada ao ‘vaping’ foram relatados. Três casos confirmados e dois prováveis de doença pulmonar associada ao uso desse produto. O restante está pendente de análises clínicas adicionais.
A American Vaping Association considerou a proibição “ilegal”, “inconstitucional” e “absolutamente absurda”.
A fabricante de cigarros eletrônicos JUUL disse que essa proibição pode resultar em novos perigos. “A remoção de cigarros eletrônicos do mercado criará um próspero mercado ilegal de produtos falsificados fabricados com ingredientes desconhecidos e fora padrões de qualidade”, afirmou a JUUL Labs em comunicado.
A American Lung Association disse que apoia a iniciativa e pede ações de agências federais.
Outras entidades querem a redução do uso dos vaps
Muitas autoridades vêm pedindo uma regulamentação mais restritiva por parte do Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa dos EUA), e companhias como a CBS, a WarnerMedia e a Viacom já se comprometeram a não veicular anúncios de cigarros eletrônicos. O bilionário Mike Bloomberg adiantou que vai disponibilizar US$ 160 milhões à sua entidade filantrópica, para investir em programas para desestimular o uso dos vaps junto aos adolescentes.