ANSA – O governo do presidente Donald Trump não irá participar da ação global para o desenvolvimento e a distribuição de vacinas contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) da Organização Mundial da Saúde, informou na noite desta terça-feira (1 º) um dos porta-vozes da Casa Branca.
“Os Estados Unidos continuarão a se envolver com seus parceiros internacionais para derrotar o vírus, mas não seremos vinculados ou limitados a organizações multilaterais influenciados pela corrupta OMS e pela China“, disse o porta-voz da Casa Branca Judd Deere em um comunicado. “Este presidente não poupará gastos para garantir que qualquer nova vacina mantenha o padrão ouro da nossa própria FDA (agência federal de alimentos e medicamentos dos EUA) para segurança e eficácia, seja completamente testada e salve vidas“.
Trump anunciou em maio a saída do país da OMS – do qual era o maior contribuinte financeiro – por acusá-la de favorecer a China no início da pandemia de Covid-19. A retirada ocorreu antes mesmo da entidade internacional abrir uma investigação independente sobre a resposta à crise sanitária.
Chamada de Covax Facility, a iniciativa liderada pela OMS – e que conta com a cooperação internacional público-privada Gavi Alliance – quer tanto incentivar e acelerar o desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, como fazer a distribuição igualitária da imunização para os países pobres do mundo.
Até o momento, o grupo incentiva nove estudos e tem a assinatura de intenção de compromisso de 172 países – incluindo Reino Unido, Japão, Alemanha e Brasil – e organizações e entidades, como a União Europeia. Segundo informações da Covax, mais de 90 nações se inscreveram para receber a ajuda.
Na última segunda-feira (31), a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que o bloco estava doando 400 mil euros (cerca de R$ 2,5 bilhões) para a ação global, sendo o primeiro gesto financeiro concreto para a iniciativa.