
Malden (MA), 22 de Outubro de 2025 –
Com mais de 515 mil imigrantes indocumentados deportados desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo, em janeiro, a administração caminha para superar de forma substancial o recorde anterior de remoções de estrangeiros irregulares dos Estados Unidos. A informação vem de um alto funcionário do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês).
Desde o retorno de Trump à Casa Branca, em 20 de janeiro, o governo deportou mais de 515 mil indivíduos em situação irregular, conforme dados divulgados por uma autoridade sênior do DHS. Tricia McLaughlin, secretária-assistente do departamento, afirmou ao Fox News Digital que a administração está “em vias de romper recordes históricos”, com projeção de 600 mil deportações até o término do primeiro ano de mandato. Segundo ela, o total de saídas ultrapassa os dois milhões de imigrantes indocumentados, incluindo 1,6 milhão que optaram pela autodeportação voluntária e as mais de 515 mil remoções formais. Ademais, outros 485 mil indivíduos irregulares foram detidos pelo DHS desde a posse.
McLaughlin enfatizou que “isso é apenas o começo” e que Trump e a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, “reativaram uma agência que foi difamada e impedida de exercer suas funções nos últimos quatro anos”. Ela destacou que “os imigrantes irregulares estão atentos à nossa mensagem: partam agora ou enfrentem as consequências. Até mesmo os fluxos migratórios estão revertendo antes de alcançar nossas fronteiras”, citando uma redução de 99,99% nos atravessamentos pela Selva de Darién, no Panamá – rota crucial para os Estados Unidos. “A despeito de um número inédito de liminares impostas por juízes ativistas, o Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE), a Patrulha de Fronteiras (CBP) e a Guarda Costeira dos EUA registraram avanços históricos na execução da promessa presidencial de deter e deportar imigrantes irregulares que invadiram o país”, prosseguiu.
No ultimo fim de semana, em meio ao impasse orçamentário que paralisou parte do governo federal, o DHS anunciou a continuidade de operações contra os “piores dos piores” – imigrantes indocumentados criminosos. As ações resultaram na prisão de indivíduos condenados por estupro de menores, agressão, atropelamento e fuga, sequestro e outros delitos graves. Entre os detidos, destaca-se Erick Xavier Romero, nacional dominicano condenado por estupro de criança em Boston. Outro, o guatemalteco German Osvaldo Cortez-Chajon, foi capturado após condenação por viagem com intuito de ato sexual ilícito envolvendo menor, no condado de Dale, no Alabama. Graciano Lopez-Flores, mexicano, foi preso por crime de liberdades indecentes com menor, no condado de Orange, na Carolina do Norte.
Na mesma região, o ICE deteve Shahed Hassan, de Bangladesh, condenado por agressão simples, posse de apetrechos para drogas, porte ilegal de arma oculta, direção sob influência de álcool, violação de liberdade condicional, furto qualificado e descumprimento de ordem de proteção contra violência doméstica, no condado de Wake.Mais ao norte, em Fairfax, Virgínia, Van Pham, do Laos, foi capturado por cinco acusações de sequestro e arrombamento.
Ao comentar as detenções, McLaughlin reiterou que “nada – nem mesmo o fechamento do governo – nos deterá de tornar a América segura novamente”. Ela criticou o Partido Democrata, afirmando: “Enquanto os democratas no Congresso prolongam o impasse orçamentário, nossos agentes do ICE não diminuem o ritmo na captura dos piores criminosos indocumentados”.
A escalada nas operações reflete a agenda imigratória de Trump, que prometeu uma ofensiva massiva contra a imigração irregular. No entanto, analistas observam que, apesar do ritmo acelerado, os números totais ainda enfrentam desafios logísticos, como capacidade de detenção e recursos judiciais, em um contexto de polarização política. O DHS projeta continuidade das ações, independentemente de obstáculos congressionais.


