Da Redação – O governo do presidente Donald Trump suspendeu o emprego de aeronaves militares para a deportação de migrantes em situação irregular com destino à Baía de Guantánamo e outras nações, conforme informado por autoridades do Departamento de Defesa ao Wall Street Journal. Inserida na política de controle migratório do segundo mandato de Trump, a iniciativa foi julgada excessivamente onerosa e de baixa eficácia.
A última operação aérea ocorreu em 1º de março, e o Pentágono declarou que não havia voos previstos para as 48 horas subsequentes. A interrupção, que poderá ser temporária ou definitiva, resultou no cancelamento de uma missão agendada para essa quinta-feira,7.
Aproximadamente 30 voos foram realizados com aeronaves C-17 e 12 com o modelo C-130, abrangendo destinos como Índia, Guatemala e Guantánamo. Segundo o Wall Street Journal, um voo típico da ICE custa US$ 8.500 por hora, podendo alcançar US$ 17 mil em trajetos internacionais, enquanto o C-17 tem custo operacional de US$ 28.500 por hora. Três operações para a Índia consumiram US$ 3 milhões cada, e voos a Guantánamo, com poucos deportados, atingiram US$ 20 mil por indivíduo.
Restrições logísticas intensificam a ineficiência: o C-17 não tem permissão para cruzar o espaço aéreo mexicano, prolongando rotas para a América Latina.
Governos regionais, a exemplo do México, vedam pousos de aeronaves militares dos EUA, preferindo voos próprios ou comerciais.
Embora Trump tenha prometido ampliar deportações e sancionar países que rejeitem repatriados, os elevados custos e as limitações operacionais motivaram a revisão da estratégia.