COM R7 – O grupo de hackers conhecido como Anonymous Brasil divulgou na noite desta segunda-feira (1º) dados pessoais do presidente Bolsonaro, dos seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo, além dos ministros Abraham Weintraub, da Educação, e Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Outro aliado do governo federal que teve dados vazados foi o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP).
Parte das informações divulgadas na rede social é pública, como a declaração de bens, mas dados como telefone celular e endereços, que são privados, também foram expostos pelos hackers.
O grupo também prometeu divulgar informações sobre a relação entre o presidente Bolsonaro e Donald Trump. A exposição dos dados se tornou o assunto mais comentado no Twitter na madrugada desta terça-feira (2).
O empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, também foi alvo do grupo na rede social. Além de dados pessoais, os hackers publicaram uma foto do que seria a confirmação de que Hang recebeu o auxílio emergencial de R$ 600, que é pago pelo governo federal.
O deputado estadual Douglas Garcia, um dos políticos que teve dados revelados, afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência e que o vazamento coloca sua família em risco.
O nome Anonymous foi inspirado no anonimato sob o qual os usuários postam imagens e comentários na Internet. O termo também é muito comum entre os membros de certas subculturas da Internet como sendo uma forma de se referir às ações de pessoas em um ambiente onde suas verdadeiras identidades são desconhecidas.
O Anonymous voltou à ativa no domingo, 31/05, quando compartilhou um vídeo no Twitter ameaçando expor autoridades dos Estados Unidos e todos os crimes da polícia no país. A ação ocorre em meios às manifestações que tomaram conta dos Estados Unidos pelo assassinato, com indícios de crueldade, de George Floyd pela polícia de Minneapolis.
Na mesma mensagem, o grupo de hackers também citou Bolsonaro ao sugerir uma investigação sobre a ligação entre ele e o líder dos EUA:
“Algo que as pessoas devem olhar no Brasil é investigar se Bolsonaro tem algum vínculo com o traficante e estuprador de crianças John Casablancas, um associado próximo de Trump que atuou como proxy para os negócios de Trump no Brasil sob algum cargo obscuro e indefinido”, escreveu.