JSNEWS – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou a uma grande revisão do processamento de asilo em sua fronteira com o México e do sistema de imigração legal, enquanto busca desfazer algumas das políticas de linha dura do ex-presidente Donald Trump.
Nessa terça-feira, ele também assinará uma série de ordens executivas revisando o processo de imigração dos EUA, sinalizando o retorno a uma política mais inclusiva.
O presidente democrata criará uma força-tarefa para reunir famílias imigrantes que foram separadas na fronteira dos Estados Unidos com o México pela politica da “tolerância zero” de Trump.
As ações de Biden dessa terça-feira seguem seis diretrizes de imigração que ele emitiu em seu primeiro dia no cargo e irão impulsionar ainda mais sua ambiciosa agenda pró-imigração que visa apagar as políticas restritivas de Trump sobre imigração legal e ilegal.
Como parte das ações, ele pedirá uma revisão de uma regra da era Trump que tornava mais difícil para os imigrantes pobres obter residência permanente nos Estados Unidos. Ele também determinará uma revisão dos Protocolos de Proteção ao Migrante (MPP), um programa polêmico que enviou de volta 65.000 requerentes ao México para esperar por audiências nos tribunais dos EUA. A maioria voltou para seus países de origem, mas não se sabe ao certo quantos permaneceram em um acampamento improvisado perto da fronteira mexicana esperando o pedido de asilo.
Chad Wolf, ex-secretário em exercício do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos sob Trump, disse em uma entrevista que interromper o programa do MPP foi um erro porque foi uma barreira eficaz à imigração ilegal.
A revisão de Biden da chamada regra de “cobrança pública“, que torna mais difícil para os imigrantes que recorrem constantemente de ajuda do governo para sobreviver nos Estados Unidos.
O grupo de trabalho, proposto por Biden, examinará as melhores maneiras para reunir famílias, disseram as autoridades, sem especificar se isso permitiria que pais ou filhos que foram deportados voltassem para solo americano.
Uma outra ordem de Biden, semelhante sob a administração de Barack Obama, deve estabelecer mecanismos legais para que os possíveis imigrantes solicitem residência em seus países de origem permitindo a estes que evitem rotas de contrabando perigosas.
O terceiro decreto promoverá a integração de migrantes legalmente estabelecidos nos Estados Unidos e tornará a naturalização “mais acessível para os mais de nove milhões de imigrantes que atualmente podem se candidatar” à cidadania.
A maioria das reformas será liderada pelo Secretário de Segurança Interna.
Biden indicou Alejandro Mayorkas para o cargo.
Se confirmado, Mayorkas – que chegou aos Estados Unidos ainda criança como filho de refugiados cubanos – será o primeiro hispânico a chefiar o Departamento de Segurança Interna, uma ampla agência que supervisiona questões de imigração, polícia de fronteira e respostas de emergência.