JSNEWS – Nessa segunda-feira, 8, um incêndio no barco “Family Boat” da Global Sumud Flotilla (GSF), em águas tunisianas próximas a Sidi Bou Said, desencadeou polêmica. A embarcação, parte de uma missão humanitária rumo a Gaza com ativistas como Greta Thunberg e Thiago Ávila, transportava suprimentos para romper o bloqueio naval israelense. Ninguém ficou ferido, mas o incidente gerou narrativas conflitantes. A GSF, conhecida por seu ativismo pró-Palestina, alega que um drone lançou um dispositivo incendiário, apontando Israel como responsável. Vídeos divulgados mostram um objeto caindo do céu, seguido de chamas no convés.
Thunberg e Ávila, figuras de alta visibilidade, denunciaram o ocorrido como uma tentativa de sabotar a missão, que busca chamar atenção para a crise humanitária em Gaza, onde o HAMAS reporta fome e mais de 64 mil mortes desde 2023. O histórico de Israel, que interceptou flotilhas anteriores, como em junho de 2025, alimenta as acusações.
Por outro lado, as autoridades tunisianas negam a presença de drones, afirmando que o incêndio teve origem interna, possivelmente causado por um cigarro, foguete de sinalização ou artefato pirotécnico. A Guarda Nacional tunisiana classificou as alegações de ataque como “sem base” e investiga o caso como acidente. A ausência de evidências independentes, como destroços de drone ou análises forenses, mantém o incidente envolto em incertezas.
Especulações sobre um ataque de falsa bandeira também surgem, sugerindo que o evento poderia ter sido manipulado para culpar Israel e amplificar a causa palestina. A notoriedade dos ativistas envolvidos reforça essa hipótese, mas não há provas de encenação. A Relatora da ONU, Francesca Albanese, presente no porto, pediu investigações, mas não confirmou envolvimento israelense.
Com narrativas conflitantes e sem conclusões definitivas das investigações tunisiana e da GSF, o incidente reflete a polarização do conflito Israel-Palestina.
A natureza ativista da flotilha, que busca mobilizar apoio global à causa palestina, alimenta especulações sobre a origem do incêndio. Para alguns, Israel seria o responsável, enquanto outros consideram essas alegações infundadas por falta de evidências materiais que esclareçam a causa do evento.
Qualquer atribuição de responsabilidade permanece, por ora, como alegação politicamente motivada. A verdade segue incerta, mas a missão continua, destacando os desafios de ações humanitárias em contextos de alta tensão geopolítica.
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