Por : José Soares Leite – Na carta a Igreja de Fillipos, capítulo 2 versos de 6-11, o Apóstolo Paulo faz uma das revelações cristocêntricas mais profunda da Bíblia Sagrada.
Antes de escrevê-las, primeiro ele chama a atenção dos crentes para que tenham o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus. Para tanto, eles deveriam seguir o modelo de humildade que Cristo demonstrou por amor a nós. Foi para este propósito que Cristo nos chamou (Mt 11.28) e nos convidou a segui-lo voluntariamente para uma vida de renúncia e sacrifício como Ele fez (Mt 10.38; 16.24; Fp 2.5).
Paulo enfatiza a divindade de Cristo (Fp 2.6), a rmando que Ele sempre foi Deus pela sua própria natureza, em essência igual à do Pai e Espírito Santo, tanto no mundo incriado, como nos céus e durante todo o tempo de sua manifestação com Deus encarnado, o Emanuel, que é Deus na forma de homem (Mt 1.23; Jo 1.1-3, 10; 8.58; Cl 1.15-17). Cristo, sendo Deus (Pv 8.22-31; Jol.1-3, 10, 18), veio como o Messias, que quer dizer Cristo, o unigênito do Pai (Jo 1.14,41; 4.25- 26).
Ele deixou os privilégios de sua glória inacessível de seu mundo incriado (Jo 1.18; 17.5,24), onde eternamente sempre existiu “Ele e o Pai da eternidade (Is 9.6) e criador de todas as coisas que existem pelo seu poder (Jó 38.1,4 a 40.2; Jo 1.10; 17.5,24; 1Pe 1.20) Jesus sendo Deus aniquilou-se a si mesmo tomando a forma de servo (PP 2.7; Hb 5.7-8).
Ele veio para executar o plano de redenção eterna do homem como o seu salvador pessoal (Lc 2.10; Mt 1.21; Jo 1.14). Paulo descreve a forma de servo que Cristo assumiu, mostrando que Ele abdicou de seus privilégios divinos tomando a natureza humana (Lc 2.40; Gl 4.4; Fp 2.7-8). Ele foi provado por todas as tentações e conviver nos meios dos pecadores, sem nunca pecar (Mt 4,3; Lc 22.28; Hb 4.15b).
Ele padeceu toda sorte de sofrimentos, dores e desprezo dos homens (Lc 24.26; At 3.18, 8.32-33; 17.3). A humildade de Jesus foi algo inconcebível ao nosso entendimento. Sendo Ele Deus pré-exis tente, Pai da eternidade (Is 9.6) e criador de todas as coisas que existem (Jr 10.16; 51.19; Hb 10), se sujeitou redimensionar para ser concebido no ventre de uma mulher (Lc 1.31-33).
Ele conviveu e cresceu no meio de uma geração pecadora sem, contudo, se contaminar (Lc 2.40,52). Como adulto exerceu seu ministério sendo perseguido e caluniado pelos religiosos e autoridades de sua época. Contudo, Ele foi obediente até a morte e morte de cruz (Is 53.3-5,7; 8.32-33; 17.3; Fp 2.8) Toda essa dimensão de humildade de Jesus fez dEle vitorioso sobre o pecado, a morte e o diabo. Por isto o Pai o exaltou e o corou de glória, tornando o herdeiro de todas as coisas (Hb 1.3; 2.9; 12.2).
A Ele foi dado um nome que está acima de todo nome para que diante de seu nome se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra e debaixo da terra e toda língua confesse que Jesus é o Senhor (Sl 24.7-10;Is 45.23; Rm 14.11; Fp 2.9-11). A Bíblia declara que Deus o fez Senhor (At 2.36) e por esta razão Ele é reconhecido com o Senhor supremo por todos seres celestiais, pelos homens e pelos Demônios.
Os crentes da Igreja Primitiva já no ato de suas conversões reconheceram a Jesus como Senhor divino e salvador bendito (Rm 10.9-10; Fp 2.11). Isto implica em submissão completa ao Senhorio de Cristo como ser supremo de nossas vidas (Jo 14.18). No Jordania de nossa vida inteira, devemos estar na plena con ança de que Jesus nos guiará nas veredas de sua justiça e nos protegerá até aquele dia nal (Sl 23.1-6; 48.14).
José Soares é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston