Jehozadak Pereira
Na mais disputada eleição presidencial de todos os tempos, os Estados Unidos assistem perplexos a contagem voto a voto entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump. No pleito que aconteceu na terça-feira, 3, Biden venceu nos estados de Washington, Oregon, Califórnia, Colorado, Novo México, Minnesota, Wisconsin, Michigan, Illinois, Virginia, Maryland, Delaware, New York, Massachusetts, Vermont, Maine, New Hampshire, Rhode Island, Connecticut, New Jersey, Washington DC, Havaí, Nevada, Arizona, Pensilvânia e Georgia.
Trump venceu em Montana, Idaho, Utah, Wyoming, North Dakota, South Dakota, Nebraska, Kansas, Oklahoma, Texas, Iowa, Missouri, Arkansas, Louisiana, Mississippi, Alabama, Tennessee, Indiana, Ohio, Kentucky, Carolina do Sul, West Virginia, Flórida, Carolina do Norte e Alaska. Biden tinha na quinta-feira, 12, 279 delegados e Trump 217. São necessários 270 delegados no colégio eleitoral para ser declarado presidente dos Estados Unidos.
No entanto, Donald Trump resiste e não se mostra disposto – por enquanto a reconhecer a vitória do democrata e promete ir até a Suprema Corte para não deixar o poder, mesmo com a constatação de autoridades estaduais e observadores afirmando e atestando a lisura da votação de que não houve fraudes e tramóias.
Trump, sob o silêncio cúmplice de partidários republicanos, impetrou através dos seus advogados, ações em diversos estados.
Confira a seguir.
PENSILVÂNIA
A campanha de Donald Trump reclama de uma suposta falta de acesso de observadores na apuração de votos no Estado. A campanha de Trump apresentou uma ação na Justiça Federal acusando as autoridades eleitorais de violarem a ordem judicial de distanciamento social dos observadores na apuração. As autoridades eleitorais dizem ter seguido corretamente as determinações judiciais.
MICHIGAN
Em 4 de novembro, dia seguinte à eleição, a campanha de Trump impetrou uma ação judicial para suspender a contagem de votos em Michigan sob o argumento de que os observadores republicanos estavam sem acesso adequado para acompanhar a apuração. A ação foi rejeitada por um juiz, que afirmou que não havia evidências para prosseguimento da medida.
WISCONSIN
A campanha de Trump, pedirá uma recontagem de votos no Estado, baseado em supostas anormalidades observadas no dia da eleição. O prazo final para a apuração no Estado é no dia 17.
NEVADA
Aqui a reclamação é de que pessoas que não moram no Estado teriam votado indevidamente. Porém, uma lei estadual permite que pessoas podem votar caso tenham se mudado 30 dias antes da eleição. Outra reclamação dos advogados de Trump é a de que havia cédulas impróprias na eleição. A justiça recusou a ação.
GEÓRGIA
A campanha de Trump, impetrou uma ação alegando problemas com o processamento das cédulas. A ação foi recusada pela justiça. Por causa da margem estreita de votos, haverá a recontagem determinada pelo Estado.
ARIZONA
A campanha de Trump impetrou uma ação judicial no Arizona no sábado, alegando que alguns votos legais haviam sido rejeitados de maneira irregular. A peça jurídica cita declarações de alguns observadores eleitorais e de dois eleitores que afirmam ter tido problemas com as urnas eletrônicas.