AFP – Um júri americano se negou, nesta quinta-feira (13), a pedir a pena de morte para Nikolas Cruz, que matou 17 pessoas em sua ex-escola de ensino médio na Flórida, e optou pela prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Depois de deliberar durante toda a última quarta-feira (12) e, brevemente, nesta quinta, os jurados decidiram que Cruz, de 24 anos, deveria receber prisão perpétua pelos assassinatos de 14 estudantes e três funcionários da escola Marjory Stoneman Douglas de Parkland, em fevereiro de 2018.
A solicitação de pena de morte precisa ser unânime e pelo menos um ou mais dos 12 jurados considerou que não se justificava devido a circunstâncias atenuantes.
Durante a leitura do veredicto, Cruz olhou fixamente para a mesa de defesa enquanto vários parentes das vítimas no setor público balançavam a cabeça incrédulos.
Cruz se declarou culpado em 2021 pelos assassinatos ocorridos há quatro anos no Dia de São Valentim e os promotores argumentaram durante um julgamento de três meses que a sentença adequada era a pena de morte.
Melisa McNeill, advogada de Cruz, pediu compaixão ao júri. Segundo ela, Cruz era um jovem problemático nascido com síndrome alcoólica de uma mãe que lutava contra a falta de moradia, o alcoolismo e o vício em drogas, antes de colocá-lo para adoção.