JSNEWS – O governo Biden divulgou nesta quinta-feira,29, suas estratégias para lidar com as raízes da imigração irregular, uma medida que as autoridades chamam de “componente central” dos esforços para estabelecer um “sistema de imigração justo, ordeiro e humano“. O presidente Joe Biden indicou em março desse ano a vice-presidente Kamala Harris para liderar os esforços diplomáticos do governo para abordar as “causas profundas” da imigração irregular dos países centro-americanos e sua pressão nas fronteiras dos Estados Unidos.
“Na América Central, as causas da imigração são profundas e tem um impacto direto nos Estados Unidos“, disse Harris em um comunicado. “Por esse motivo, nossa nação deve se comprometer de forma consistente com a região para enfrentar as dificuldades que fazem as pessoas deixarem a América Central e chegarem à nossa porta.”
Ela também disse que os governos do México, Japão e Coréia do Sul, junto com as Nações Unidas, se comprometeram a aderir à essa iniciativa, mas não deu mais detalhes de como seria esse compromisso.
Harris também convocou o setor privado dos Estados Unidos e do exterior a investir na região.
“O investimento do setor privado não só aumenta as oportunidades econômicas, mas também incentiva os governos regionais a criar as condições locais para atrair esse investimento”, disse.
Porque sabemos que a força e a segurança dos Estados Unidos dependem da implementação de estratégias como esta.”
Harris disse que viajou recentemente para a Guatemala, um pais “onde um dos maiores desafios é a corrupção” e lembrou que na terça-feira,27, que o governo dos Estados Unidos suspendeu a cooperação com o Ministério Público da Guatemala após este ter demitido o principal promotor anticorrupção daquele país afirmando que o presidente Biden “perdeu a confiança” na vontade do governo da Guatemala em combater a corrupção.
A Casa Branca também divulgou uma “Estratégia de Gestão Colaborativa da Migração”, que o presidente Joe Biden ordenou em fevereiro para delinear como os Estados Unidos trabalharão com outros países da América Central e México para lidarem com os fluxos de migratório. O documento de uma página é uma ampla declaração de princípios, muitos dos quais já defendidos por Biden e seus principais assessores e incluem a expansão de proteções e oportunidades de emprego nos países centro-americanos s e promover “uma gestão segura e humana das fronteiras”.
A tarefa de Harris é enorme em escopo e complexidade, e o governo dos Estados Unidos tem aplicado apenas soluções imediatas de curto nos ultimo anos.
A Border Patrol relatou um aumento significativo de pessoas que cruzaram a fronteira do pais com famílias e até crianças viajando sozinhas. Na segunda-feira, 26, um grupo de 509 imigrantes da América Central e do Sul se entregou a um posto de fiscalização em Hidalgo, Texas, e um outro grupo de 336 imigrantes foi encontrado nas proximidades do posto de fiscalização, disse Brian Hastings, chefe do setor da Patrulha de Fronteira no Vale do Rio Grande, o corredor mais movimentado de cruzamentos.
Na segunda-feira, o Departamento de Segurança Interna disse que retomou as deportações aceleradas, conhecidas como remoções aceleradas, para “certas” famílias que não expressam medo de serem devolvidas para casa. Embora nunca tenha anunciado uma suspensão, muitas famílias que entram no país ilegalmente têm sido libertadas nos Estados Unidos com ordens de comparecer no tribunal de imigração.