AP – Depois de anunciar que iria concorrer à presidência dos Estados Unidos deste ano pelo Twitter, o rapper Kanye West deu entrevista a revista Forbes e contou que não apoia mais o antigo amigo e possível rival na corrida eleitoral, o presidente Donald Trump.
West foi altamente criticado pelo apoio ao candidato democrata, com o qual se reuniu em diversas ocasiões ao longos do anos e postou fotos usando o boné com o slogan de Trump. Agora, o músico disse que perdeu a confiança que tinha no presidente.
Apesar de já ter perdido a data das primárias em diversos estados, não ter um projeto de governo e nem ter formalizado a candidatura, West garantiu à publicação de que fazer parte da corrida eleitoral não é uma jogada de marketing para divulgar seu próximo álbum, que deve sair no segundo semestre.
O músico, que se identifica como republicano, disse que vai ter que concorrer como um candidato independente, já que o partido vai endossar a reeleição de Trump. A candidatura do músico pode não afetar tanto os votos de republicanos radicais, mas o rapper disse que não vê problemas em tirar votos que seriam do Democrata Joe Biden.
“Dizer que os votos negros vão para Democratas é uma forma de racismo e supremacia branca”, disse West.
“Eu não estou dizendo que Trump está no meu caminho, ele pode ser parte do meu caminho. E Joe Biden? Por favor, cara. O Obama é especial. Trump é especial. Nós podemos dizer que Kanye West é especial. A América precisa de pessoas especiais na liderança. Bill Clinton? Especial. Joe Biden não é especial”.
Kanye teve coronavírus
Uma das revelações do rapper para a publicação foi ele ter contraído o coronavírus em fevereiro. A informação não tinha sido divulgada até então por ele, pela assessoria de imprensa ou até mesmo pela sua esposa, a socialite e empresária Kim Kardashian.
Lembrando os sintomas, Kanye disse que teve “arrepios, tremia na cama, tomava banhos quentes” e que “assistia a vídeos dizendo o que eu tinha que fazer para conseguir superar”.