Da Redação – Um detalhe revelado pela promotora chefe da Baixa Califórnia no México deixou ainda mais perplexa a opinião pública, já chocada com a execução de três turistas — dois australianos e um americano — numa região erma do estado.
“Eles se aproximaram com a intenção de roubar o veículo e levar os pneus e outras peças para colocar na picape velha que dirigiam”, disse María Elena Andrade Ramírez, de acordo com o “NY Post”.
“Quando eles (os estrangeiros) vieram e os flagraram, certamente resistiram. E essas pessoas, os agressores, sacaram uma arma e primeiro mataram aquele que estava resistindo ao roubo do veículo, e depois vieram outros e entraram na luta para defender seus bens e seu companheiro que havia sido agredido, e eles os mataram também”, acrescentou ela.
Após o confronto fatal, os suspeitos queimaram as tendas dos três homens antes de despejarem os seus corpos num poço de 15 metros de profundidade, a seis quilômetros do local do crime, informou a mexicana.
Os ladrões então cobriram o poço com tábuas. “Era quase impossível encontrá-lo”, disse a promotora-chefe.
A picape dos surfistas foi encontrada incendiada próxima do local.
Callum e Jake Robinson e amigo americano Jack Carter Rhoad estavam numa viagem de surfe na costa mexicana do Pacífico quando, repentinamente, em 20 de abril, deixaram de documentar nas redes sociais a passagem pela Baixa Califórnia. Eles foram executados com tiros na cabeça.
Um quarto corpo, bastante decomposto, também foi encontrado quando os outros três corpos foram recuperados. Acredita-se que sejam os restos mortais de um fazendeiro dono da propriedade onde os surfistas estavam e que era tido como desaparecido havia duas semanas.
A polícia prendeu Jesus Gerardo García Cota, a sua namorada, Ari Gisel García Cota, e Cristian Alejandro García, irmão de Jesus, em conexão com o desaparecimento dos três surfistas, mas ainda não os acusou de homicídio.
Acredita-se que pelo menos um dos suspeitos, Jesus Gerardo, tenha participado diretamente dos assassinatos.