AP – Larry Flynt, fundador da revista “Hustler” e magnata da indústria de cultural nos Estados Unidos, morreu aos 78 anos em sua casa em Los Angeles nesta quarta-feira (10).
A notícia foi confirmada ao jornal “Washington Post” pelo irmão de Larry, Jimmy Flynt, sem determinar a causa da morte. De acordo com fontes do site TMZ, ele morreu por insuficiência cardíaca pela manhã.
Flynt ficou conhecido por diversas ações das quais foi alvo na justiça norte-americana. A maior parte das empresas mantidas por ele era voltada ao setor cultural. Em 1978, foi vítima de uma tentativa de assassinato, que o deixou paraplégico.
A informação de sua morte foi confirmada por seu irmão, Jimmy Flynt, ao jornal Washington Post. A causa de sua morte, segundo fontes do site de entretenimento TMZ, foi insuficiência cardíaca.
O americano, que já era dono de uma casa de strip-tease, fundou a revista “Hustler” em 1974. A publicação chegou a ter tiragem de 2 milhões de exemplares em seu ápice, no final dos anos 1970.
Por causa da revista, Flynt enfrentou diversos processos na justiça e acusações de abuso por parte de lideranças feministas. Com isso, ele se intitulou como um campeão da Primeira Emenda da Constituição americana, responsável por garantir a liberdade de expressão no país.
Em 1976, ele foi condenado por obscenidade e crime organizado e recebeu uma sentença de sete a 25 anos de prisão, mas ganhou a apelação.
Dois anos depois, ao sair de um tribunal em Atlanta onde enfrentava outra acusação de obscenidade, foi alvo de dois tiros de um franco-atirador. Depois de fugir, o autor do atentado confessou o crime após ser preso por uma série de assassinatos.
John Paul Franklin, um suposto supremacista branco, disse que era contra fotos inter-raciais na “Hustler“. Flynt fez campanha contra a sua execução, que aconteceu em 2013.
Grande parte das batalhas jurídicas de Flynt e o ataque do qual foi alvo são retratados no filme “O Povo Contra Larry Flint” (1996), que recebeu duas indicações ao Oscar – entre elas uma de melhor ator para Woody Harrelson, que interpretou o magnata.