JSNEWS – Após a morte de 53 migrantes que tentavam atravessar ilegalmente a fronteira EUA-México a bordo de um caminhão no Texas, a agencia Reuters informou que durante a administração de Joe Biden mais de mil migrantes morreram nessa mesma tentativa.
De acordo com a Reuters, 2021 foi o ano mais mortal com 728 óbitos registrados pela Organização das Nações Unidas (ONU) que começou a contar as vítimas naquela região desde em 2014. Este ano, a ONU registrou 340 mortes e a tendência do ano passado deve continuar.
Além disso, as causas da morte mudaram ao longo dos anos. Entre 2015 e 2019, o afogamento foi o principal motivo de morte. Mas nos últimos anos, as mortes aumentaram devido à falta de água, abrigo ou questões relacionadas aos meios de transporte, como aconteceu com migrantes que morreram a bordo de caminhão no Texas, uma tragédia que aconteceu quando as pessoas estavam amontoadas em um veículo sufocante.
No ano passado, as autoridades dos EUA mudaram a forma como contam as mortes ocorridas na fronteira, que agora incluiu apenas aqueles que ocorreram sob custódia das autoridades, durante as prisões ou quando os agentes estavam nas proximidades. Em 2021, foram registradas 151 mortes nessas condições, segundo a Reuters.
Em cidades como San Diego, Califórnia, mais internações foram relatadas por lesões relacionadas ao muro fronteiriço mais alto construído durante o governo de Donald Trump. A Agencia de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) acusou as organizações de contrabandistas de abandonar migrantes em áreas remotas e perigosas.
Atualmente, os registros de mortes de migrantes são irregulares, pois alguns nunca são encontrados ou identificados. O que os dados mostram é que o número de mortes na fronteira EUA-México aumentou drasticamente em 2021. Além disso, os imigrantes estão cada vez mais se voltando para métodos mais arriscados para chegarem aos Estados Unidos, disse a agência.