Da Redação – Aterrissou no Aeroporto de Fortaleza, às 9h35 desta sexta-feira (28), a aeronave com 104 brasileiros deportados dos Estados Unidos. É o quinto voo a desembarcar no Brasil desde que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA.
Quatro passageiros que desembarcaram em Fortaleza têm ‘assuntos pendentes’ na Justiça brasileira e foram presos logo após o desembarque.
De acordo com Paulo Victor Resende, gerente de projetos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, os quatro brasileiros foram retirados do avião pela Polícia Federal, antes do desembarque dos demais passageiros.
Conforme Socorro França, secretária dos Direitos Humanos do Estado do Ceará, estes passageiros serão encaminhados para a sede da Perícia Forense, onde farão os procedimentos legais de saúde antes de serem apresentados ao sistema penitenciário estadual. Em seguida, cabe à Justiça definir em que estado eles devem ficar presos.
Ainda de acordo com a Secretaria, o voo traz também sete crianças e adolescentes. Após o desembarque em Fortaleza, será disponibilizado aos repatriados um novo voo operado pela Força Aérea Brasileira com destino ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG), em Confins.
Conforme o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, aproximadamente 75 passageiros seguirão para Belo Horizonte, enquanto os demais ficarão em Fortaleza e deverão ir para outros destinos do Brasil.
Segundo Paulo Victor Resende, o voo trouxe 10 núcleos familiares. Cerca de metade dos passageiros têm idades inferiores a 30 anos. Aproximadamente 75% dos repatriados que chegaram neste voo são do sexo masculino. O grupo não continha pessoas acima de 60 anos.
Acolhimento em Fortaleza
A operação de acolhimento conta também com equipes dos ministérios da Justiça, dos Direitos Humanos, da Defesa, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento Social, além de equipes da Defensoria Pública da União (DPU) e da Secretaria Estadual de Proteção Social (SPS).
Segundo a secretária Socorro França, os repatriados que irão para outras cidades de ônibus, principalmente para destinos da Região Norte, serão levados para a Rodoviária Engenheiro João Thomé. No terminal, há também uma equipe de recepção para o grupo.
Ela afirmou que há casos de brasileiros que precisam ficar em Fortaleza por até dois dias, tendo pessoas auxiliadas pelas equipes do governo e outras que preferem se hospedar em pousadas ou hotéis da capital.
Desta vez, os repatriados receberão almoço em vez do lanche oferecido no acolhimento dos voos anteriores.