Da Reação – As manifestações contra o resultado das eleições presidenciais continuaram ao longo do feriado da Proclamação da República, nesta terça-feira (15), nas principais cidades do Brasil.
Veja, abaixo, como foram os atos pelo país:
Brasília
Um protesto em Brasília reuniu grupos de bolsonaristas que declaram não aceitar o resultado do segundo turno das eleições. A manifestação golpista defendia intervenção militar, anulação do pleito e a dissolução da atual composição do Supremo Tribunal Federal (STF).
Vestidos de verde e amarelo e com faixas e cartazes – muitos escritos em inglês – o grupo montou um acampamento no Setor Militar Urbano (SMU). O local concentra a maior parte dos quartéis do Exército na capital federal, além do Comando Geral.
São Paulo
Na capital paulista, o ato foi realizado na região do Parque Ibirapuera, Zona Sul. Os bolsonaristas exibiam bandeiras e camisetas amarelas e gritavam palavras de ordem. Por volta das 14h, o grupo se concentrava em frente ao Comando Militar do Sudeste, onde parte deles já se reúne desde 2 de novembro.
Por causa do ato, algumas ruas do entorno sofreram interdições, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), como na altura das Rua Abílio Soares com a Rua Sargento Mário Kozel Filho.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, os manifestantes interditaram totalmente a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio de Janeiro.
Com um carro de som, faixas e placas, manifestantes pediam intervenção federal contra o resultado democrático das eleições para presidente.
O Centro de Operações da Prefeitura precisou fazer desvios para motoristas que passavam pela região.
Recife
No Recife, o ato aconteceu em frente ao Comando Militar do Nordeste (CMNE), no bairro do Curado, na Zona Oeste, e deixou o trânsito parcialmente lento. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os manifestantes se concentraram no quilômetro 7 da rodovia BR-232.
Embora sem interdições, o trânsito ficou mais lento na BR-232 por causa do protesto.
Os manifestantes ficaram no acostamento da rodovia e no canteiro central.
Belém
Uma equipe de reportagem do Jornal O Liberal foi hostilizada, ameaçada e agredida enquanto cobria um ato antidemocrático na avenida Almirante Barroso, em Belém. Segundo o boletim de ocorrência registrado na Delegacia do Marco, duas mulheres tentaram impedir as filmagens da equipe e, em seguida, um grupo cercou dois profissionais.
Aracaju
Na capital de Sergipe, um grupo de bolsonaristas contra o resultado das urnas na eleição presidencial se reúne em frente ao quartel do 28º Batalhão de Caçadores, sede do Exército Brasileiro no estado.
Porto Alegre
Apoiadores de Bolsonaro (PL) que não aceitam o resultado das eleições percorreram ruas da Zona Norte e do Centro Histórico da capital gaúcha em motos, além de se concentrarem no entorno do Comando Militar do Sul, onde grupo que defende pautas antidemocráticas se reúne há duas semanas. Também foram registrados atos no interior do estado.
Belo Horizonte
Na capital mineira, apoiadores do presidente interditaram totalmente a Avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Os manifestantes, que ocupam a via em frente à sede do Comando da 4ª Região Militar do Exército desde o dia 31 de outubro, declaram não aceitar o resultado das urnas.
Vitória
Apoiadores de Bolsonaro fecharam o acesso à terceira ponte, via que liga as cidades de Vitória e Vila Velha, no Espírito Santo.
O grupo se reuniu na Praça do Papa, na Enseada do Suá, em Vitória, no início da tarde e foi caminhando até a Terceira Ponte.
Juiz de Fora
Na Zona da Mata de Minas Gerais, bolsonaristas se agruparam nos arredores da Companhia de Comando da 4ª Brigada Infantaria Leve de Juiz de Fora, interditando a via. O grupo defendia intervenção militar, entre outras pautas antidemocráticas.