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Em 14 de dezembro de 2025, um ataque terrorista antissemita abalou a praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, durante a celebração do primeiro dia do Hanukkah, o Festival das Luzes judaico. Dois atiradores, identificados como pai e filho – um homem de 50 anos, detentor de licença para armas, e seu filho de 24 anos –, abriram fogo contra centenas de pessoas reunidas no evento “Chanukah by the Sea”, organizado pelo movimento Chabad. O ataque resultou em 15 mortos (com idades entre 10 e 87 anos, incluindo uma criança) e cerca de 42 feridos, vários em estado crítico, entre os quais dois policiais.
O pai foi morto pela polícia no local, enquanto o filho foi detido com ferimentos graves e encontra-se hospitalizado sob custódia. As autoridades confirmaram que não há indícios de terceiros envolvidos e classificaram o incidente como um ato de terrorismo deliberadamente direcionado à comunidade judaica.

Entre as vítimas fatais identificadas estão o rabino Eli Schlanger, assistente no Chabad de Bondi e organizador do evento; um cidadão israelense; um cidadão francês, Dan Elkayam; e o casal de sobreviventes do Holocausto, Alexander e Larisa Kleytman. Um civil, Ahmed al-Ahmed, vendedor de frutas de 43 anos, foi aclamado como herói por desarmar um dos atiradores, arriscando a própria vida – ele foi atingido nos braço e mão, mas recupera-se bem.
O ataque ocorreu por volta das 18h45 (horário local), quando milhares de pessoas aproveitavam o fim de um dia quente de verão na icônica praia. Vídeos registraram os atiradores, vestidos de preto, disparando de uma passarela com armas longas, causando pânico generalizado: banhistas fugiram correndo, abandonando pertences, enquanto tiros ecoavam por minutos. Dois dispositivos explosivos improvisados rudimentares foram encontrados no local e desativados pela equipe de desminagem.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, descreveu o episódio como “um ato de puro mal, de antissemitismo e de terrorismo” que manchou para sempre um lugar associado à alegria e às famílias. O premier de Nova Gales do Sul, Chris Minns, enfatizou que o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica no início do Hanukkah. O comissário de polícia Mal Lanyon afirmou que um dos atiradores era conhecido dos serviços de segurança, mas não havia indícios prévios de um plano específico.
O incidente ocorre num contexto de aumento significativo de atos antissemitas na Austrália desde outubro de 2023, com mais de triplicação de incidentes registrados, incluindo vandalismo, agressões e incêndios em sinagogas. Líderes mundiais condenaram o ataque: o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou horror; o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o antissemitismo não tem lugar no mundo; o rei Charles III manifestou consternação; e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou o governo australiano por não ter combatido suficientemente o antissemitismo.
Não há registros de brasileiros entre as vítimas, segundo o Itamaraty. A investigação prossegue, com provável revisão das leis de controle de armas, num país onde tiroteios em massa são raros desde as reformas rigorosas após o massacre de Port Arthur, em 1996.
🚨URGENTE!
Pessoas fugindo no início do ataque terrorista realizado hoje em Sidney, na Austrália, visando judeus que comemoravam o Hanukkah. Há vários mortos e feridos. Os dois terroristas foram baleados e detidos. pic.twitter.com/Xds6oAlTta
— Pedro Pôncio Ex MST-SP (@pedroponciobr) December 14, 2025
Um Herói que estava por perto conteve e desarmou um dos terroristas durante ataque contra judeus no Hanukkah na praia de Bondi, em Sydney.
Não foi uma FEMINISTA , foi um MACHO TÓXICO 🤝 pic.twitter.com/IHc9wmJAPk
— Pedro Pôncio Ex MST-SP (@pedroponciobr) December 14, 2025


