Da Redação – O ministro da economia, Paulo Guedes, questionou, nesta quarta-feira (21), o número de brasileiros em situação de insegurança alimentar no País.
“33 milhões de pessoas passando fome é mentira. Nós estamos transferindo para os mais pobres, com o Auxílio Brasil, 1,5% do PIB [Produto Interno Bruto], três vezes mais do que recebiam antes”, declarou o ministro durante um evento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) em São Paulo.
“É impossível ter 33 milhões de pessoas passando fome. Por mais que tenha havido inflação, não foi 3 vezes mais. O poder de compra está mais do que preservado por essa nova transferência de renda”, disse mais uma vez durante sua fala.
Guedes se referia aos dados divulgados pelo do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, e divulgados em junho deste ano.
Insegurança alimentar
A segurança alimentar é o acesso pleno e regular aos alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Já a insegurança alimentar é classificada em três níveis – leve, moderada e grave – da seguinte maneira:
- Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida.
- Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação.
- Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.