As mortes por coronavírus nos Estados Unidos teriam sido 40% menores se o uso obrigatório de máscaras tivesse sido imposto nacionalmente. Os dados são de uma pesquisa realizada por um professor do MIT, que analisa o uso das máscaras durante a pandemia.
De acordo com o estudo, se o governo norte-americano tivesse introduzido o uso mandatório de máscaras no dia 1 de abril, o número de mortes teria sido 40% menor dois meses depois, no dia 1 de junho. O que resultaria num total que varia entre 17 mil e 55 mil vidas poupadas. De acordo com a Universidade John Hopkins, o país já ultrapassou os 159 mil mortos em razão da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
A pesquisa foi liderada por Victor Chernozhukov, professor do departamento de economia e estatísticas e do centro de ciência de dados do MIT. Segundo o autor, o uso de máscaras é “uma política eficiente e que praticamente não envolve custos financeiros muito grandes”. “Nós descobrimos que a máscara produz uma redução considerável no número de mortes”, afirmou ao portal de notícias do MIT.
A mesma pesquisa aponta que, sem a adoção das medidas de distanciamento social, o número total de casos poderia ser 80% maior. Os Estados Unidos têm hoje mais de 4,8 milhões de casos confirmados da doença, sendo o país com maior número de casos no mundo.
Os pesquisadores também levaram em conta fatores demográficos, densidade populacional, média de idade das pessoas e níveis de acesso à informação. “Mesmo analisando comportamento e todas essas variáveis, a máscara ainda é o elemento crítico para a diminuição no número de mortes. Não importa como analisamos os dados, o resultado é sempre esse.”
Segundo Chernozhukov, o estudo seguirá sendo conduzido ao longo dos próximos meses. “Agora, queremos analisar o impacto do uso da máscara na reabertura da economia”, afirma.