Da Redação – A responsável pela administração da rede de estabelecimentos dedicado a prostituição que operava nas periferias das cidades de Boston e Washington D.C. foi condenada a uma pena privativa de liberdade de quatro anos.
A promotora Lindsey Weinstein requereu uma sentença de seis anos de prisão para Han “Hanna” Lee, de nacionalidade sul coreana e residente de Cambridge, por conta do “espantoso” arranjo “no qual ela lucrou milhões às custas de outras mulheres”. Lee foi indiciada por conspiração para cometer, persuadir, induzir e coagir uma ou mais pessoas a viajar entre estados ou para o exterior com o intuito de se engajarem em prostituição, além de, em segunda contagem, conspiração para lavagem de dinheiro. ela também está sujeita à deportação.
Nessa quarta-feira, 19, em um tribunal federal em Boston, a juíza Julie E. Kobick sentenciou Lee a quatro anos de prisão por ser, conforme descreveu Kobick, “a líder” de uma rede “extensa” e “sofisticada” de prostituição e lavagem de dinheiro.
Ao se declarar culpada em setembro passado, Lee insistiu que, embora gerenciasse uma empreitada criminosa, “não é fato que eu controlava essas mulheres” e que as trabalhadoras sexuais por ela empregadas ingressaram e permaneceram na operação por “sua própria vontade”. Ela reiterou essa narrativa durante a sentença, descrevendo-se como alguém que se importava com suas trabalhadoras e buscava tornar o ofício, no qual ela mesma atuou por anos, mais suportável.
“Aquelas trabalhadoras que estão nesse tipo de negócio geralmente possuem um passado difícil, e cada uma tem suas próprias histórias. Algumas foram abusadas, algumas sofreram maus-tratos de seus maridos”, declarou por meio de um intérprete. “Ouvi todas essas histórias e tentei ajudá-las.”
De acordo com os procuradores federais, Lee recrutava mulheres coreanas para atuar como prostitutas em sua rede de apartamentos em Cambridge, Watertown e nos subúrbios da Virgínia próximos a Washington D.C.
Os supostos coadministradores dos prostíbulos, Junmyung Lee e James Lee, que, segundo os promotores, não possuem parentesco entre si, também se declararam culpados por seus papéis na organização.
Enquanto os casos dos operadores aproximam-se de sua conclusão, os processos contra os supostos clientes estão apenas começando.
A primeira rodada de audiências de causa provável ocorreu na ultima sexta-feira, com o magistrado do Tribunal Distrital de Cambridge constatando causa provável para emitir queixas criminais contra todos os 12 indivíduos, embora apenas dois tenham comparecido à audiência.
Ao todo, as autoridades apresentaram queixas criminais contra 28 supostos adquirentes de serviços sexuais, o que significa que ainda restam 16 para passar por audiências de causa provável. Essas audiências estão agendadas para as próximas semanas.