ESTADO – O embate entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro tem sido acompanhado de perto por alguns parlamentares. Para alguns congressistas, o projeto do presidente é tornar o ex-ministro da Justiça inelegível, pensando já na disputa presidencial de 2022, conforme apuração do blog Andréia Sadi nesta quarta-feira (3).
O ponto-chave da questão é que o Moro como candidato enfraqueceria o eleitorado de Bolsonaro, quando uma disputa com a oposição manteria a base dos eleitores do presidente.
O objetivo é enfraquecer a imagem de Moro para que o ex- juiz não consiga disputar o Planalto com Bolsonaro. Os mais próximos do ex-ministro acreditam que há uma “vingança” do presidente.
Outro ponto que despertou a atenção do aliados de Moro foi a renegociação feita pela procuradoria-geral da República (PGR) da delação premiada de Tecla Duran, conforme apuração do O Globo.
Apesar da PGR ser um órgão autônomo, a retomada do processo não é por acaso para o entorno de Moro. Após a reportagem, o ex-ministro revelou em nota que, as declarações de Duran sobre uma possível extorsão que teria sofrido na Lava Jato já foram alvo de investigação na procuradoria e foram arquivadas.
A retomada da negociação foi tratado por Moro com “perplexidade e indignação”. Ainda segundo o blog, há 90 dias as conversas entre a PGR e Duran foram retomadas.
A hipótese de Moro ser alvo de buscas não está desconsiderada por apoiadores, já que o intuito é diminuir a imagem do ex-ministro que ficou conhecido como símbolo do combate à corrupção.