Com ESPN – A quarta-feira foi um marco para a história da NBA. O Milwaukee Bucks puxou a fila e boicotou o jogo 5 da série de playoffs contra o Orlando Magic, que ocorreria na bolha na Disney, como protesto por mais um caso de violência policial contra negros nos Estados Unidos. Na sequência, Houston Rockets x Oklahoma City Thunder e Los Angeles Lakers x Portland Trail Blazers seguiram o mesmo caminho.
Pela primeira vez na história, vários jogos foram boicotados como forma de protesto contra o racismo. Mas a atitude dos atletas não é inédita.
Infelizmente isso já aconteceu há cerca de 60 anos. E pelo mesmo motivo: racismo.
Em 1959, o então calouro Elgin Baylor, que viria a se tornar um dos maiores da história dos Lakers, se recusou a entrar em quadra numa partida contra o Cincinnati Royals.
Quando os Lakers, ainda representando Minneapolis à época, chegaram na cidade do rival, o hotel em que eles se hospedariam se recusou a prestar serviços aos atletas negros.
Os Lakers mudaram de hotel, mas na hora da refeição a segregação racial voltou, e Baylor não pode comer junto com os companheiros. Ele então optou por ir ao jogo, contrariado, e não colocou o uniforme.
Sua camisa número 22 foi aposentada pelo Los Angeles Lakers.
Dois anos mais tarde, em 1961, o Boston Celtics boicotou um amistoso na NBA após Bill Russell, principal estrela do time e lenda da liga, ter sua entrada negada em um restaurante no Kentucky.
A NBA, seus jogadores e donos, irão se reunir nesta quinta-feira, segundo a ESPN, para definir os rumos da temporada 2019-20. Existe a possibilidade dela ser cancelada.