Por: Eliana Pereira Ignacio – O impacto do uso excessivo de dispositivos eletrônicos na neuroplasticidade cerebral e programas de pesquisas do Boston Children’s Hospital, com foco na Clinic for Interactive Media and Internet Disorders (CIMAID). Essa clínica é pioneira em tratar jovens afetados pela dependência de tecnologias digitais, buscando minimizar os efeitos negativos no desenvolvimento comportamental, emocional e social.
PESQUISAS REVELADORAS
Estudos mostram que o uso excessivo de internet pode causar alterações cerebrais em jovens entre 10 e 19 anos, afetando comportamento e desenvolvimento.
Um termo importante mencionado é nomofobia, o medo intenso de ficar sem o smartphone, que afeta até 10% dos adolescentes, especialmente meninas. Essa condição está associada a problemas sociais, familiares e acadêmicos.
ESTRATÉGIAS PARA MINIMIZAR OS IMPACTOS
O texto apresenta diversas formas de mitigar os efeitos negativos, com grande ênfase na colaboração dos pais. Entre as estratégias sugeridas, destacam-se:
- Definir limites de uso: Crianças de 2 a 5 anos devem ter no máximo uma hora de tela por dia, conforme recomendações da Academia Americana de Pediatria, sempre supervisionadas por um adulto. Para crianças mais velhas, é importante que os pais estabeleçam regras que favoreçam o equilíbrio entre atividades online e off‑line
- Fomentar atividades alternativas: Incentivar práticas como esportes, leitura e brincadeiras ao ar livre, que contribuem para o desenvolvimento cognitivo e emocional e diminuem a dependência de eletrônicos.
- Participação ativa dos pais: O papel dos pais é essencial, desde a supervisão do uso de dispositivos até a garantia de hábitos saudáveis. Crianças não obtêm aparelhos sozinhas, por isso o controle parental é crucial.
- Adotar regras baseadas em valores familiares: Usar crenças e princípios da família para estabelecer normas claras, que sejam consistentes e compreensíveis, ajuda na criação de um ambiente disciplinado e saudável.
- Buscar apoio profissional: Quando as medidas caseiras não são suficientes, a ajuda de especialistas, como os da CIMAID, pode ser fundamental para tratar casos mais graves de dependência digital.
- Participar de grupos de apoio: Famílias podem trocar experiências e soluções práticas em comunidades de apoio, fortalecendo estratégias colaborativas para o bem-estar das crianças.
REFLEXÃO FINAL SOBRE EQUILÍBRIO NO USO DA TECNOLOGIA
O texto conclui com uma reflexão sobre o papel da tecnologia, que pode ser benéfica quando usada de forma equilibrada. Ressalta que um dos maiores desafios da era digital é encontrar um meio-termo entre os avanços tecnológicos e o bem-estar individual.
A citação bíblica de 1 Coríntios 6:12 é usada para ilustrar a importância de não se deixar dominar pelos excessos, mesmo quando algo é lícito. Até a próxima semana!
Eliana Pereira Ignacio é Psicóloga, formada pela PUC – Pontifícia Universidade Católica – com ênfase em Intervenções Psicossociais e Psicoterapêuticas no Campo da Saúde e na Área Jurídica; especializada em Dependência Química pela UNIFESP Escola Paulista de Medicina em São Paulo Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, entre outras qualificações. Mora em Massachusetts e dá aula na Dardah University. Para interagir com Eliana envie um e-mail para epignacio_vo@hotmail.com ou info@jornaldossportsusa.com