Da Redação – O Sindicatos dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (SINSEPEAP), juntamente com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a Internacional da Educação para América Latina (IEAL), realizaram nos dias 30 e 31 de maio do II Encontro Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação Escolar Indígena no Amapá, realizado no no município de Oiapoque – AP, no extremo norte do país traz como tema “Os Impactos da Pandemia no Ensino Aprendizagem da Educação Escolar Indígena no Amapá e os Reflexos do Novo Ensino Médio Pós Pandemia”.
Os educadores indígenas dos povos Karipuna, Galibi Marworno, Galibi Kali’nã, Palikur, Wajãpi, Tiriyó, Katxuyana, Aparai e Wayana debateram puderam debater durante o encontro temas relacionados aos desafios que a pandemia da covid-19 impôs aos educadores indígenas, como o novo ensino médio afeta diretamente o ensino escolar das populações indígenas brasileiras e da região amazônica.
Além disso, as mesas-redondas, rodas de conversa e grupos de trabalho discutiram o acesso ao ensino superior na educação indígena, a formação de professores indígenas, o diálogo entre o etnoconhecimento e a organização sindical.
Para a professora Katia Almeida, presidenta do Sinsepeap, ressaltou a importância da continuidade do encontro. “Somos trabalhadoras e trabalhadores da educação e voltamos a escrever nossa história.
O SINSEPEAP é parte ativa da luta dos educadores indígenas. A pandemia acentuou os desafios da educação escolar indígena e nossa entidade está debatendo para superar os obstáculos que a pandemia impôs. “A CNTE é uma grande defensora da pauta dos povos indígenas. Temos acompanhado, realizado encontros e defendido a pauta dos trabalhadores que atuam na educação indígena brasileira. Por isso, estamos aqui no extremo norte do país para dizer a cada participante desse encontro que a CNTE está com vocês”, disse Fátima Silva, secretária geral da CNTE.
Para Combertty Rodrigues, da IEAL, a continuidade do encontro demonstra o compromisso do SINSEPEAP, CNTE e IEAL em acompanhar a educação indígena brasileira e da América Latina. “Os temas debatidos neste encontro estão presentes em todo o continente latino-americano, pois a pandemia nos impôs grandes desafios. Mas, a sabedoria dos povos indígenas podem apontar saídas. Nossos educadores indígenas têm o etnoconhecimento como principal instrumento”, reforçou o coordenador regional da IEAL. Há mais de uma década atuando em salas de aulas, a professora Janaina Karipuna, ressaltou a importância do evento.
“Há muitos anos estamos atuando pela luta de nossos parentes. O encontro vem valorizar nossa luta, pois estamos recebendo pessoas de outros lugares que estão ao nosso lado pelo direito à educação escolar indígena”, disse. Ele ainda falou da importância de internacionalizar o debate para ampliar o alcance das conquistas para todos e todas. Ao final do evento os participantes realizaram um ato de protesto contra o marco temporal (PL 490), que tinha acabado de ser votado na Câmara Federal