EURONEWS – Os americanos vão às urnas nesta terça-feira (6) para as eleições de meio de mandato (midterms, em inglês), nas quais irão definir uma nova Câmara, um terço do Senado e mais de 75% de seus governadores. A votação, que foi aberta em 12 estados da costa leste às 9h de Brasília, tem clima de referendo sobre o presidente Donald Trump, que completa em breve dois anos na Casa Branca.
Num fenômeno conhecido como “efeito midterm”, como explica o colunista Helio Gurovitz, é comum que o presidente da vez sofra um revés nessas eleições, resultado do desencanto natural dos eleitores ao comparar dois anos de governo às promessas de campanha. O cenário, portanto, é favorável aos democratas, mas resta saber quão favorável.
Facebook
Na noite da segunda-feira (5), 30 contas no Facebook e 85 no Instagram foram bloqueadas depois que o Facebook recebeu uma denúncia das autoridades policiais americanas. A empresa afirma que as investigações estão em “estágio inicial” e que as contas podem estar “envolvidas em um comportamento não autêntico coordenado”.
Apesar de as investigações estarem em fase preliminar, o Facebook decidiu fazer o anúncio publicamente por causa da importância da votação.
Câmara
A principal mudança possível é que os democratas obtenham a maioria dos deputados, segundo análises distrito a distrito do Cook Political Report, do Wason Center for Public Policy e do Sabato’s Crystal Ball, da Universidade da Virgínia. O modelo estatístico do site FiveThirtyEight atribui 6 chances em 7 (85%) à maioria democrata. No modelo do CrossTab, elas são um pouco menores, 4 em 5 (79%).
Senado
O Senado possivelmente permanecerá com maioria republicana. Das 35 cadeiras em jogo, apenas nove pertencem a republicanos. E das 26 ocupadas atualmente por senadores democratas, 9 representam estados vencidos por Trump em 2016.