Por :José Soares Leite – O Apóstolo Paulo aborda no Capítulo 13, da sua Epístola aos Romanos, ensinamentos a Respeito da Vida Cristã, com vista o Seu Relacionamento com a sociedade e como autoridades, onde deve se destacar o seu comportamento segundo o padrão estabelecido pela fé na justiça de Deus.
Ainda na Epístola aos Romanos, destinada a Igreja de Roma, formada de judeus e gentios, o Ap. Paulo nos capítulos 14 e 15, volta a tratar a questão prática da fé, mostrando o modo de vida que o cristão deve viver sob a ótica da justiça de Deus.
Entretanto, devido ao fato daquela igreja ser heterogênea, os crentes não deveriam entrar em discursões sobre suas próprias convicções religiosas, que eles outrora viviam praticando. Paulo destaca que agora, como novas criaturas em Cristo (2Co 5.12), era necessário tratar uns aos outros com amor (1Co 13,7).
Paulo estava ciente de que os conflitos da igreja de Roma eram decorrentes da imaturidade dos cristãos judeus, esse grupo que havia chegado à igreja, se escandalizavam com determinadas liturgias dos cristãos gentios.
Paulo, então, procura conciliar as duas partes, afim de que a obra de Cristo não sofresse danos, por causa de atitudes praticadas por irmãos, que estavam sendo incoerentes ao Evangelho de Cristo, mas o que importava a eles saber, é que todos foram salvos por Jesus Cristo pelo poder do evangelho (Rm 1.16), assim tanto Judeus como gentios (Rm 1.16).
No Capítulo 15 da Epístola aos Romanos, vemos a disposição do Ap. Paulo em pregar o Evangelho de salvação de Jesus Cristo. (Mc 1.1). No entanto, pudemos ver, que ele não se interessou em anunciar as “boas novas” aonde os outros discípulos que saíram de Jerusalém haviam anunciado pelas regiões asiáticas, antes dele começar o seu ministério que recebera do Senhor, naquele memorável encontro que ele teve com Jesus, ressurreto, na estrada de Damasco (At 9.1-8,15).
Ele mesmo a formou isto: “E desta maneira me esforcei por anunciar o Evangelho, não onde Cristo houvesse sido anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio” (Rm 15.20). Antes de Paulo se voltar para a igreja em Roma, vemos pela expressão dessa sua declaração que Paulo, se dedicou em pregar os evangelhos para os gentios, que o seu sentimento missionário e o seu amor pelas almas perdidas o impulsionavam a realizar a obra de Deus.
Esta era a razão pela qual ele realizou o grande trabalho missionária, por isto; o Espírito Santo o usou como um instrumento vivo para divulgação do Evangelho, em suas três viagens missionárias, pelo então velho mundo asiático (At 13.1-3; 15.40…; 19.1…). Paulo tinha convicção plena do seu chamado, por isto, realizou o seu ministério movido de uma firme esperança, de que seu trabalho missionário não seria em vão, em prol do crescimento do reino de Deus.
O Apóstolo Paulo não se intimidou diante dos obstáculos, das ameaças, perseguições e dos problemas que tanto lhe a infligiram.
Paulo desenvolveu todo seu ministério nessa sua visão do Reino, ele não esmoreceu diante de todas as tentativas dos inimigos, que caíram por terra, no intento de impedi-lo de realizar a obra da evangelização aos gentios. Assim imbuído da fé, Paulo pode dessa maneira, dizer: “posso todas as coisas naquele que me fortalece” Fp 4.13).
E dessa feita, ele escreveu a sua epístola a igreja de Roma, mesmo não a tendo fundada, mas foi para justamente ter a oportunidade de apoiar os irmãos para terem plena convicção da necessidade de viverem a verdadeira vida de fé e do amor cristão, a serem verdadeiras testemunhas vivas de Jesus Cristo.
José Soares é pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos como Professor de Escola Dominical e Faculdade de ensino Teológico em Boston.