Defensor do enfrentamento ao chamado “marxismo cultural”, o novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, diz que fi cará vigilante a “tudo que sair” da pasta, como livros didáticos, e estará atento a “sabotagens”. Weintraub tomou posse no cargo nesta semana depois que Ricardo Vélez Rodríguez foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda.
Ele nega, porém, que haverá perseguição no MEC. “Não sou caçador de comunistas”, disse. Ele afirmou que trabalhará para entregar o que está no plano de governo e não fará, por ora, mudanças no Fies ou no Proni. “Chega de solavanco”. Tema do programa do presidente Jair Bolsonaro, a disciplina nas escolas é alvo de preocupação.
Ele defende que professores agredidos em sala de aula chamem a polícia e que os pais sejam processados e, “no limite”, percam o Bolsa Família e a tutela das crianças infratoras. “Temos de cumprir leis ou caminhamos para barbárie. Hoje, há muito o ‘deixa disso’, ‘coitado’. O coitado está agredindo o professor”, disse, frisando que ainda não há medidas previstas para enfrentar o problema.
Weintraub diz que o cronograma do Enem será cumprido e que Bolsonaro não lerá previamente as questões da prova. “Se sair um Enem todo errado, sou o culpado e tem de me dar reprimenda ou me tirar do cargo”. Ao tomar posse, o MEC divulgou os nomes de seis secretários. Para a Secretaria Executiva, o nome escolhido por Weintraub foi de Antonio Paulo Vogel de Medeiros.
Como secretário executivo adjunto, assume Rodrigo Cota. O novo titular da Secretaria de Educação Superior será Arnaldo Barbosa de Lima Junior, e da Secretaria de Educação Básica, Janio Carlos Endo Macedo. Para a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior, foi escolhido Silvio José Cecchi. A Secretaria da Educação Profi ssional e Tecnológica será comandada por Ariosto Antunes Culau.