Por: José Soares Leite – Temos em Jesus o exemplo de que necessitamos para ilustrar como deve ser o desenvolvimento do crente. Quando Ele nasceu, ainda bebê, se submeteu ao crescimento normal pelo qual passam todos os seres vivos que habitavam na terra.
Lucas 2.52 diz que Jesus crescia em sabedoria (crescimento mental e intelectual), em estatura (crescimento físico), e em graça рага com Deus (crescimento espiritual), e para com os homens (crescimento social).
Devemos nos tornar semelhantes a Cristo em tudo, principalmente no crescimento espiritual.
A Bíblia é o alimento espiritual do crente (1Pe 2.2). Vemos que o próprio Jesus teve a preocupação com o crescimento espiritual pois em seus atos terrenos ele ensinava, pregava e orava (Mt 4.23). Jesus advertiu o crente a não ser néscio, isto é, sem o conhecimento bíblico, para que não seja engodado por todo vento de doutrina (Mt 22.29).
A sabedoria de Deus vem pelo ensino da Palavra. Jesus crescia em sabedoria porque a sua mãe lhe ensinou as escrituras e ainda aos 12 anos Jesus deu prova do seu crescimento espiritual (Mt 13.54,55; Lc 2.46-48)
Muitos crentes ainda hoje pensam que os dons espirituais são a evidência de uma vida espiritual abundante (ICo 12.1-11). Muito embora os dons espirituais sejam evidência do batismo com o Espírito Santo, não significa que seja a evidência da plenitude do Espírito, pois a plenitude do Espírito também é mostrada através do fruto do Espírito Santo.
Nenhum dom, especificamente, é a prova da plenitude do Espírito Santo. A igreja de Corinto tinha todos os dons espirituais, mas era uma igreja imatura espiritualmente. Os crentes daquela igreja, apesar de possuírem os dons espirituais, não demonstraram evidência da plenitude do Espírito.
Faltava neles o fruto do Espírito: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão (Gl 5.22), O fruto do Espírito pode ser visto continuamente na vida do crente, no trato com. o próximo, enquanto os dons só são manifestos em ocasiões apropriadas para a edificação da igreja. Um terceiro componente para que um crente esteja desfrutando a condição da plenitude do Espírito.
Santo, é quando ele é “cheio do Espírito Santo”. Isto quer dizer cheio do poder de Deus para testemunhar e operar sinais e maravilhas. Este revestimento do poder é para que o nome de Jesus seja glorificado (At.2.2-4).
Um exemplo marcante do crente que vive na dimensão da Plenitude do Espírito Santo, é o caso de Felipe, que impactou a cidade de Samaria (At 8.5-13) e de Estevam, que no auge de dar sua própria vida por amor do Evangelho, pedir ao Pai que não fosse imputado esse pecado aos seus algozes (At 7.5-5-60).
Medite nisso, amado irmão!
José Soares é Pastor e Bacharel em Teologia, professor de ensino sistemático de estudos Bíblicos da Escola Dominical e da Faculdade de ensino Teológico de Boston