REUTERS – Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, declarou nesta quarta-feira (9) que o Ocidente promove uma campanha de “russofobia” em relação à guerra na Ucrânia, acusando países europeus e os Estados Unidos, bem como a mídia, de darem apoio a ideias “extremistas”.
“Há uma campanha internacional de russofobia que têm sido empreendida a nós, com resultados bastante negativos. Anteontem, um caminhão atingiu a embaixada na Rússia na Irlanda, e vimos sinais anti-Rússia em Paris e outras cidades”, disse ela.
Segundo ela a mídia tem causado histeria nas pessoas e que os civis devem sofrer com o nacionalismo.
“Não há garantia que essa atmosfera de psicose aos russos não resulte em passos de nacionalistas locais”, acrescentou. “Essa histeria artificialmente criada na mídia tem efeito nas pessoas. Os civis vão sofrer, porque esse vírus do nacionalismo, do nazismo e do extremismo é muito fácil de ser abordado”.
Ainda na coletiva de imprensa, Maria Zakharova também afirmou que “grupos armados serão destruídos”, referindo-se às forças ucranianas que têm recebido armamentos para combaterem os russos desde que a chamada “operação militar especial”, como nomeia a Rússia, teve início.
O Kremlin, desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, afirma que também agiu a fim de combater um “genocídio” empreendido por grupos paramilitares nas regiões separatistas de Donbas, no leste da Ucrânia — as quais foram reconhecidas como independentes pelos russos antes da incursão militar.
A porta-voz disse ainda que a Rússia nunca ameaçou a Otan e não ameaça a aliança ocidental agora, acrescentando que seu país ainda deve reagir ao “curso de confronto” da Otan.
O acúmulo de forças militares da Otan em seu flanco leste era “provocativo por natureza” e não estava ajudando a salvaguardar a segurança na Europa, disse a porta-voz.